sexta-feira, 25 de setembro de 2015

BURKINA-FASO:EX-GOLPISTAS RECLAMAM GARANTIAS ANTES DE ENTREGAR SUAS ARMAS

Ouagadougou - Os militares que constituem o Regimento da Segurança Presidencial (RSP), que efectuaram a 17 de Setembro último um golpe de Estado no Burkina-Faso, reclamam garantias de segurança para eles e seus familiares antes de entregar as suas armas, declarou nesta sexta-feira à AFP um alto graduado do Regimento.
 
"O Comité técnico encarregue da "reintegração e avaliação das armas" veio ... "esta sexta-feira de manhã nas suas casernas Naaba Koom de Ouagadougou, declarou esse militar. No entanto, os soldados de base "estão categoricamente opostos" a esse desarmamento.
 
Sublinhou que eles encontraram-se com uma delegação do Estado-Maior do Exército para falar o problema da sua segurança e das suas famílias. Eles não tiveram nenhuma garantias sobre esse assunto, acrescentou.
 
Acrescentou os elementos da RSP não estão contra a decisão de deixar de garantir a segurança presidencial, mas eles desejam permanecer em unidade ,  para lher permitir ser mais eficazes, mesmo que vão lhes deslocar", disse o oficial superior.
 Uma fonte próxima do processo, a base do RSP estava particularmente activa na decisão de lançar o golpe de Estado.
 
Após o golpe de Estado abortado no Burkina-Faso, as autoridades de transição retomaram a direcção dos assuntos do país, com a realização nesta sexta-feira do seu  primeiro Conselho de Ministros em Ouagadougou, no meio de importantes medidas de
segurança.
 
Paralelamente, um primeiro inventário do armamento do RSP, dirigido pelo general golpista Diendéré, devia ser estabelecido. Em seguida, as armas do RSP devem regressar às suas casernas.
 
No entanto, o acesso à caserna Naaba Koom da RSP situada próximo da presidência, permanece vedado aos media.
 
Reabilitado após o fracasso do golpe de Estado, o governo de transição está reunido com
o primeiro-ministro, no centro da cidade, e não no palácio presidencial no bairro de Ouaga
200 como de costume.
 
"Benvindo em vossa casa", declarou Job Ouedraogo, director do gabinete do Primeiro-ministro, na passagem dos ministros.
 
A 16 de Setembro, isto é em pleno conselho dos ministros na presidência, soldados do RSP estacionados próximo da residência presidencial, capturaram o Presidente e fizeram refém o governo, anunciando o golpe que foi declarado oficialmente no dia seguinte. Fonte: Aqui