Bissau, 18 Set. 15 (ANG) – A Universidade “Jean Piaget” da Guiné-Bissau materiazou, pela primeira no país, a técnica de diagnóstico de quantidade de vírus de sida nos organismos das pessoas seropositivas, revelou hoje a ANG, o Reitor desta Instituição Superior de Ensino.
De acordo com Aladje Baldé, este Projecto que está a ser implementado em colaboração com o Secretariado Nacional de Luta contra a Sida (SNLS) permite , nomeadamente quantificar os vírus que vivem nos organismos dos doentes, para que se possa efectuar uma medicação eficaz .
Ainda segundo este acadêmico e especialista que lidera o estudo, esta técnica conchecida de “PCR” permite diagnósticar a existência de vírus nas crianças recém-nascidas de um mês, de mães seropositivas, procurando assim, saber se há ou não a chamada transmissão “vertical”, ou seja, de mãe doente para a criança.
“O diagnostico precoce da doença na criança, contráriamente ao que que se fazia 18 meses após o nascimento, permite ao menor doente começar a tomar “muito cedo” o anti-retroviral, que lhe permite um crescimento normal e saudável (devido a baixa carga viral)”, explica o professor.
Também, de acordo com este períto, esta actividade a nível local contribui para que a Guiné-Bissau deixe de depender do exterior (dantes se encomendava ao Senegal e Portugal), trazendo assim as vantagens de a mesma ser levada a cabo com baixo custo e com possibilidades de se conhecer os resultados em curto espaço de tempo.
“O vírus da sida sofre as metamorfoses com as mutações rápidas dos ácidos nucleícos, isto faz com os mesmos se tornam resistentes aos medicanmentos, não produzindo assim nenhum efeito. Daí a necessidade de acompanhamento laboratorial que oriente o médico sobre os médicamentos apropriados a ministrar ao doente”, disse.
Por isso, segundo Balde, torna-se importante o estudo semestral para saber se a quantidade dos vírus no organismo do doente de sida está ou não a diminuir, para assim se avaliar a eficácia do tratamento.
O acordo entre a Universidade e Secretariado Nacional de Luta Contra Sida foi estabelecido em 2014 e permite actualmente o diagnóstico de 90 pacientes por dia e preve-se que nos proximos tempos seja possível o diagnóstico de 180 seropisitivos diariamente.
Para isso, segundo o Biólogo, basta que as autoridades sanitárias do país “colaborassem”, no disponibilizando as amostras de sangue ao laboratório para o efeito.
Finalmente, este especialista em Biotecnologia apela aos doentes de sida a se medicarem com regularidade para terem uma vida saudável e, assim, também baixarem considerávelmente, as possibilidades de transmissão do VIH a outras pessoas.
Até presente data, as portadoras de sida recebem medicamentos e o tratamento anti-retroviral graças ao financiamento do Fundo Mundial Contra Sida.
De acordo com os estudos de 2010, do Secretariado Nacional de Luta contra a Sida, 3.3% da população nacional da Guiné-Bissau vive com esta doença.
E segundo os inquéritos/2014 de “Sentinela nas Grávidas” guineenses, cinco por cento das mesmas são infectadas pelo VIH.
ANG/QC/SG