A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu ontem (sábado), 12 de setembro, em Dakar, prorrogar para mais seis meses o mandato da sua missão de manutenção da paz na Guiné-Bissau (ECOMIB). A decisão foi tomada durante a cimeira extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, sobre a “situação política e de segurança” na região.
“Nossa organização vai continuar a acompanhar a evolução da situação [política] na Guiné-Bissau para ajudar a consolidar a paz e a estabilidade institucional do país. Por isso pretendemos prolongar por seis meses [de janeiro a junho de 2016] o mandato da ECOMIB”, disse, no discurso do encerramento da cimeira, o Chefe de Estado do Senegal, Macky Sall e igualmente presidente em exercício da CEDEAO.
A ECOMIB é constituída essencialmente por forças policiais e militares, num total de quinhentos homens, instalada na Guiné-Bissau desde 2012, na sequência de um golpe de Estado de 12 de abril. A missão visa “ajudar o país na implementação da reforma no sector da defesa e segurança.”
A Guiné-Bissau está já há um mês sem governo, vive uma crise política desde a demissão do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira e nomeação de um novo chefe de governo, Baciro Djá, pelo presidente da República José Mário Vaz.
A crise agravou-se com a invalidação pelo Supremo Tribunal de Justiça do decreto-presidencial que nomeia Baciro Djá.
A Guiné-Bissau, um dos países mais ricos em minerais de bauxite no mundo, é conhecida por sua instabilidade política.
Recorde-se que além de Macky Sall, estavam presentes nesta cimeira extraordinária, os presidentes Alpha Condé (Guiné-Conakry), Michel Kafando (Burkina Faso), Ibrahim Boubacar Keita (Mali), Faure Gnassingbé (Togo), Alassane Ouattara (Costa do Marfim), José Mário Vaz (Guiné-Bissau) e Thomas Yayi Boni (Benin).
Os outros sete países da organização – Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Libéria, Níger, Nigéria e Serra Leoa – foram representados em um nível inferior.
In aps