sexta-feira, 22 de abril de 2016

CONSELHEIRO DO PR GUINEENSE ACUSA PAIGC DE MENTIR

Em causa, acusação do partido no poder de que Avelino Cabral teria ameaçado militantes do PAIGC.

O conselheiro de defesa e segurança do Presidente da Guiné-Bissau Avelino Cabral desmentiu nesta sexta-feira, 22, ter ameaçado os membros do PAICG na reunião do Comité Central daquele partido.

Em comunicado, Cabral desafiou o partido no poder a apresentar publicamente a gravação das suas palavas “para que se tirem as ilações sobre o que realmente disse sobre o assunto”.

"O teor do comunicado do secretariado do PAIGC é falso, eivado de intriga e calunia visando apenas desviar a atenção da opinião pública do essencial e foi tornado público numa vã tentativa de misturar o nome do Presidente em torno do debate que houve nessa reunião do Comité Central", acusou Avelino Cabral em nota.

Apesar de ter dito que sofre um "processo sumário de expulsão" garantiu que vai continuar fiel aos seus princípios e ao PAIGC,

Em comunicado divulgado ontem, o secretariado do partido no poder acusou o conselheiro de José Mário Vaz de ter afirmado na reunião do Comité Central que "os militares e os tribunais estão com o Presidente".

Domingos Simões Pereira critica

Também ontem, 21, o presidente do PAIGC pediu aos seus militantes e dirigentes que deem uma resposta ao discurso do Presidente da República na Assembleia Nacional Popular e denunciou que um conselheiro do José Mário Vaz ameaçou companheiros de partido com o recurso às armas para a resolução da crise.

“O Chefe de Estado não foi capaz nem se preocupou em tranquilizar a população e muito menos em assegurar a defesa dos princípios democráticos”, disse Domingos Simões Pereira, para quem o pedido de Vaz sobre a constituição de uma nova maioria parlamentar que permita um novo Governo tem um propósito.

“O Presidente está desde há muito decidido a se fazer dotar de um novo quadro constitucional que lhe permita ser o dono único e absoluto do poder na Guiné-Bissau, a exemplo da sua referência vizinha”, continuou Simões Pereira.

O líder do PAIGC classificou o discurso do Chefe de Estado de ser de um líder da oposição que “contava aceder ao poder, neste caso ao controlo da governação, que não o tendo pelas urnas, agora vê reforçada essa possibilidade pela via do golpe parlamentar”. Fonte: Voz da América