O governo liderado por Carlos Correia anunciou esta sexta-feira, 29 de abril de 2016, que vai proceder desconto aos salários dos funcionários ainda em greve nos setores da educação e saúde.
A determinação do executivo vem expressa em comunicado do Conselho de Ministros que hoje reuniu-se em sessão extraordinária.
Segundo a nota, o governo considera que os descontos aos “funcionários grevistas” são princípios fundamentais de atividades laborais plasmadas na lei da greve.
O coletivo governamental lamenta ainda o facto de o ponto de discórdia dos sindicatos que “inviabilizou” a assinatura de memorandos, centrar-se no não desconto das faltas formulado pelas mesmas organizações sindicais, com prévio conhecimento dos efeitos da greve, destaca documento do executivo assinado pelo Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Malal Sané.
A mesma nota acrescenta que, o governo manifesta-se, contudo, disponível a prosseguir as negociações com os sindicatos para chegarem a uma “plataforma de entendimento” que evite maiores prejuízos nos setores da educação e saúde.
No outro âmbito, o governo denunciou a utilização do arroz impróprio para o consumo humano e a utilização de notas falsas em dinheiro por parte de “alguns operadores económicos”, para a campanha de comercialização de castanha de cajú, lê-se na nota.
Neste sentido, o executivo instrui os seus departamentos que intervêm no sector de caju no sentido de adotarem “medidas adequadas” para estancar a prática e traduzir os infratores à justiça.
Por: Filomeno Sambú
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