Delírio e desespero total! Para quando o internamento do moço no hospital psiquiátrico? Dudessa assim ki ta kunsa gora dé.
O líder do partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira considera o discurso do Presidente da República, José Mário Vaz à Nação semelhante ao de um “líder da oposição”.
Domingos Simões Pereira falava quinta-feira, 21 de abril, numa conferência de imprensa na sede dos libertadores para se posicionar relativamente ao discurso à Nação proferido pelo Chefe do Estado durante uma sessão parlamentar extraordinária por ele convocada a 18 de Abril corrente.
“Por não ter conseguido o controlo da governarão por via das urnas, agora vê reforçada essa possibilidade por via do golpe parlamentar”, frisou Simões Pereira, frisando que o papel do Presidente da República é o de “fiel da balança”, pautando por leituras e análises objetivas “mesmo que não coincidam com seus interesses pessoais e institucionais”.
O líder do PAIGC disse que o nosso sistema de governação é semi-presidencial de pendor parlamentar com absoluta separação de poderes.
“Não compete ao Presidente da República avaliar a bondade deste dispositivo, ele é o reflexo da vontade soberana do povo guineense. O sistema português pode ser melhor, mas esta é a escolha dos guineenses. Nas últimas eleições legislativas, cinco partidos foram escolhidos para o Parlamento – o PAIGC para governar e os restantes PRS, PCD, UM e PND para fiscalizarem a ação governativa. Não compete a ninguém alterar este quadro, aliás como alterar? O Presidente República não é parte do jogo político partidário e não se pode assumir como tal”, precisou.
Simões Pereira disse que as sucessivas menções às greves e convulsões não são favoráveis ao Presidente da República, considerando que as mesmas estão associadas à crise, que segundo as palavras do político, foi despoletada pelo Chefe de Estado e que criou dificuldades de cobertura financeira pelo governo.
“Por outro lado, todos conhecem a proximidade e mesmo envolvimento do Senhor Presidente nas ondas de contestação. Se situações de força maior, objetivamente produzidas e não por simples vontade de um ou mais atores, obrigarem a alguma alteração do quadro, espera-se a constatação fria e ponderada do fiel da balança e a produção de soluções que reponham esse quadro ou a devolução da palavra ao povo”, aconselhou.
No entanto, Domingos Simões Pereira sublinhou que, o Presidente da República não pode ser nem deve se sentir pressionado a tomar medidas que satisfaçam a grupos ou representações, concluindo que é todo povo guineense que aguarda ansioso por um desfecho de paz e tranquilidade.
Numa mensagem lida por Óscar Barbosa, o partido diz “não pactuar com interesses obscuros, projetos obscuros e inconfessáveis de exercício do poder” e consideram de anti-democrática a tentativa de afastá-lo apesar da maioria absoluta parlamentar conquistada nas urnas.
Por: Sene Camará
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