Bissau, 28 Abr 16-(ANG)- A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) exortou ao governo no sentido de assumir as suas responsabilidades pondo cobro as ondas de greves nos sectores de Educação e Saúde através da promoção de diálogo com as organizações sindicais.
Em Comunicado de Imprensa à que á ANG teve hoje acesso, a Liga Guineense dos Direitos Humanos alertou as autoridades nacionais pelos prejuízos que a greve está a causar às famílias guineenses sobretudo, aos cidadãos mais vulneráveis e desprovidos de recursos financeiros.
A nota informa ainda que a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) tem acompanhado com enorme preocupação as ondas de greves nos sectores sociais nomeadamente, saúde e educação, acrescentando que, em consequência destas paralisações, os cidadãos viram-se privados do gozo e do exercício dos seus direitos fundamentais.
A liga considera que as paralisações nesses sectores põem em riscos o ano lectivo em curso e o funcionamento regular do sistema de saúde.
O documento explica que no quadro da sua acção proactiva de monitorização da situação dos direitos humanos, a LGDH recebeu denúncias que dão conta de que, nos últimos dias foram registadas, mais de uma dezena de mortes inadmissíveis e evitáveis nos hospitais nacionais como causas directas da greve no sector da saúde.
O comunicado refere que esta situação “grave e lamentável” se deve essencialmente a instabilidade política prevalecente no país, que tem provocado disfuncionamento das instituições públicas, com maior impacto para os sectores já estruturalmente deficitários.
Para tal, a nota avisa que em face dos efeitos prejudicais das paralisações que se assistem nos sectores sociais, é fundamental uma abertura incondicional dos actores envolvidos, principalmente dos sindicatos e do Governo para se encontrar uma saída que passa necessariamente pela concertação social, tendo em vista os superiores interesses dos cidadãos.
Po essa razão, a liga apela as partes desavindas, em particular aos sindicatos e representantes do Governo para elegerem o diálogo, a moderação , contenção e cedência, como instrumentos indispensáveis para salvar o ano lectivo em causa e poupar a vida dos cidadãos que diariamente se perdem nos estabelecimentos hospitalares .
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