O Presidente da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau, António Nhaga, afirmou esta terça-feira 3 de Maio 2016, que a imagem positiva do país só pode ser construída pela imprensa nacional, e não a estrangeira como algumas pessoas pensam na Guiné-Bissau.
Falando numa conferência de imprensa realizada na Universidade Lusófona da Guiné para falar do dia mundial da liberdade de imprensa, António Nhaga adiantou que a Guiné-Bissau subiu no ranking do índice da liberdade de imprensa, graças ao trabalho desenvolvido pelos jornalistas nacionais.
Aquele responsável máximo dos jornalistas guineenses pediu ao chefe do executivo que instale em todas as instituições públicas um gabinete de assessoria de imprensa para facilitar a comunicação das políticas públicas ao país, mostrando assim uma imagem positiva da Guiné-Bissau.
Nhaga apelou ainda ao Secretário de Estado do Plano e Integração Regional para que adote medidas políticas que permitam comunicar todas as políticas comunitárias em todos os órgãos da comunicação social do país.
“O cidadão guineense continua a não conhecer e nem saber como pode beneficiar das políticas comunitárias da União Económica Monetária Oeste Africana UEMOA), da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental CEDEAO), da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa CPLP) e da União Africana (UA), mas com a sua divulgação nos órgãos da comunicação social do país, os guineenses poderão ter conhecimento sobre como funcionam essas organizações”, espelhou.
O presidente da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau e editor do Jornal O Democrata exortou ainda o primeiro ministro no sentido de regulamentar os salários dos jornalistas porque estes trabalham a todo o momento, incluído aos fim de semana. Adiantou ainda neste particular que é preciso criar condições e remuneração para não haver problemas de pessoas a abandonarem a profissão jornalística.
“Os verdadeiros jornalistas que estão a trabalhar para a boa imagem do país estão a fugir não só pelo facto de termos refugiados desempregados que invadiram a classe, mas também por causa dos baixos salários dos jornalistas” notou.
Recorde-se que de entre os nove Estados membros da CPLP, a Guiné-Bissau subiu duas posições, passando assim a ocupar a terceira posição com 29,03 pontos no índice da liberdade de imprensa.
Por: Aguinaldo Ampa