O Presidente interino do Brasil anunciou através da sua assessoria os nomes dos ministros que integrarão o seu Governo.
Antes, Temer recebeu a notificação para assumir o cargo das mãos do senador Vicentinho Alves, primeiro-secretário do Senado.
"Desejei-lhe sucesso. Disse-lhe as palavras que eu tinha dito anteriomente, de que a expectativa é muito grande, mas que ele tem todas as condições de capacidade, de relacionamento, de dinamismo, para corresponder com a expectativa do povo brasileiro", afirmou o senador, que também notificou Dilma Rousseff da sua suspensão.
Acto continuo, Temer divulgou o seu novo gabinete:
- Henrique Meirelles, ministro da Fazenda
- José Serra, ministro das Relações Exteriores
- Gilberto Kassab, ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
- Raul Jungmann, ministro da Defesa
- Romero Jucá, Planeamento, Desenvolvimento e Gestão
- Geddel Vieira Lima, ministro-chefe da Secretaria do Governo
- Marcos Pereira, ministério da Indústria e Comércio
- Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
- Bruno Araújo, ministro das Cidades
- Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- Mendonça Filho, ministro da Educação e Cultura
- Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil
- Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário
- Leonardo Picciani, ministro do Desporto
- Ricardo Barros, ministro da Saúde
- José Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente
- Henrique Alves, ministro do Turismo
- Ronaldo Nogueira de Oliveira, ministro do Trabalho
- Alexandre de Moraes, ministro da Justiça e Cidadania
- Mauricio Quintella, ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil
- Fabiano Augusto Martins Silveira, ministro da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU)
- Fábio Osório Medina, Advogacia-Geral da União.
Faltam preencher os cargos de ministro da Integração Nacional e de Minas e Energia
Nem mulheres nem negros
Entretanto, minutos antes do anuncio do Governo, a imprensa brasileira dava conta que Michel Temer é o primeiro Chefe de Estado desde Ernesto Geisel, que governou entre 1974 e 1979, a ter um Governo sem mulheres.
Temer também pode formar um Governo sem nenhum negro.
Esta realidade acontece num país com mais de 50 por centro de negros e de mulheres.
Para formar a sua equipa, Temer chamou apenas Ellen Gracie, ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, para assumir a Controladoria-Geral da União, mas ela recusou o convite.
O vice-presidente chegou a negociar as participações das deputada Mara Gabrilli e Renata Abreu, ambas para a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, mas sem sucesso.
Se não escolher nenhuma mulher para um dos dois ministérios ainda vagos, Michel Temer interrompe a “tradição” de nomear ministras, iniciada pelo general João Figueiredo, que governou entre 1979 e 1985.
Desde então, todos os presidentes indicaram ao menos uma mulher como ministra.
Nos governos do PT a participação feminina foi maior: Lula, entre 2003 e 2011, teve 11 ministras e Dilma, 15.
Nas redes sociais, a possível ausência de uma ministra no Governo Temer foi criticada por internautas, que apontaram a situação como um “retrocesso”. Voz da América