A sessão de votação dos senadores brasileiros, em Brasília, já terminou. E agora é mesmo oficial: Dilma Rousseff será afastada do governo brasileiro, depois de aprovado o processo de impeachment.
Ao longo de mais de 20 horas, os senadores manifestaram-se maioritariamente a favor processo e, a poucos minutos da votação final – que aconteceu por volta das 10h20 de Lisboa -, havia já a declaração de voto que apontava para a aprovação do prosseguimento do processo, com 54 senadores a favor, e 21 contra. Cada um teve 15 minutos para dar conta das suas intenções e argumentos.
Processo de votação encerrado e afastamento confirmado: 55 senadores votaram a favor; 22 contra.
Com casa cheia, o processo precisava apenas de 41 votos para continuar com a suspensão da presidente. Estiveram presentes 77 senadores de acordo com o painel do Senado afixando minutos antes da votação.
O afastamento de Dilma Rousseff leva a que Michel Temer passe a liderar o País de forma provisória, durante um período de seis meses, enquanto prossegue uma análise à governação da presidente e amiga pessoal de Lula da Silva.
A sessão começou às 14h00 (hora portuguesa) desta quarta-feira e durou mais de 20 horas. No Brasil, a noite foi longa, são quase sete horas da manhã.
Dilma deverá ser notificada ainda esta quinta-feira, segundo adiantou o presidente do Senado brasileiro, Renan Calheiros. O responsável aproveitou ainda o fecho das alegações para chamar à atenção da necessidade de alterações legislativas no país.
“O papel do Senado eleitoral se agiganta”, disse ainda para apelar a uma votação justa.
José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União e a quem coube a defesa de Rousseff alegou que “não há crime de responsabilidade”. O responsável adiantou ainda que tentou o melhor para defender a democracia: “Fiz o possível para defender a democracia. Não há crime de responsabilidade, se consumado haverá golpe”.
(em atualização) Fonte: Aqui