Uma das seis empresas internacionais pré-selecionada para construir 218 quilómetros da rede de transporte de energia de alta tenção inicia os trabalhos em Janeiro de 2017, isto depois anunciar em Novembro próximo a empresa vencedora do concurso.
A energia terá origem a partir das barragens hidroelétricas e quatro estações de transformação permitindo a disponibilidade da energia elétrica no país, no Senegal, Gambia e Guiné-Conacry, países membros da OMVG, Organização para a Valorização do Rio Gambia.
O anuncio oficial da empresa vencedora vai acontecer em novembro de 2016, mas antes da formalização do processo da empresa vencedora do concurso internacional, as firmas pré-selecionadas, respectivamente de origem indiana, francesa, e espanhola, visitaram, nesta terça-feira 09 de Agosto, as localidades de Saltinho, Mansoa, Bambadinca e Bissau, localidades seleccionadas pela OMVG para construir 218 Quilômetros de rede de transporte de energia de alta tenção.
Em conferência de imprensa realizada esta terça-feira, 09 de agosto, em Bissau, o Ministro dos Recursos Naturais, Epifânio Carvalho de Melo, mostra-se otimista e disse que se tudo correr como previsto, a energia da OMVG vai chegar aos países membros da organização, onde a Guiné-Bissau faz parte, e vai abrandar as constantes cortes de luz elétrica no país:
Segundo Ministro dos Recursos Naturais, a ambição do Governo não se resume apenas em garantir o acesso de energia às populações, mas também criar capacidade de produção e distribuição de energia para os sectores agrícola, comercial e industrial.
“Na nossa recente passagem a Dakar tivemos a oportunidade de visitar o Alto Comissariado e reunir com o pessoal dirigente na pessoa do alto-comissariado e todo o pessoal ligado ao projeto”, realça.
Para Epifânio Carvalho de Melo a responsabilidade da Guiné-Bissau enquanto país que assume a presidência do Conselho de Ministros da OMGV acresce nesta fase em que urge seguir mais de perto a implementação dos projetos e criar condições para que todos os Estados membros possam cumprir com requisitos necessários, segundo as exigências dos parceiros financeiros para não comprometer a implementação dos programas.
As obras, segundo o Ministério dos Recursos Naturais, são financiadas pelo Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Islâmico de Desenvolvimento, Fundo do Koweit e Fundo Alemão, num montante estimado em um bilião e duzentos milhões de dólares americanos.
Para acompanhar os trabalhos, um grupo de empresários pré-qualificados no concurso para a construção da linha de transporte de energia que vai ser produzida pela barragem de KALETA já concluída e a de SAMBANGALOU ainda em obras já se encontra no país.
O grupo integra as empresas SIEMENS, NATIONAL CONTACTING KALPATARU e ELECNOR e mais uma que ainda não foi anunciada oficialmente pelas autoridades nacionais.
Por: Filomeno Sambú