Radio Sol Mansi, 31 Ago, 2016 - O médico e igualmente um dos fundadores da Cáritas Guiné-Bissau, Padre Alberto Zamberletti, a medicina tradicional é uma questão importante que deve ser abordada pelas autoridades nacionais, no entanto, é urgente a regulamentação desta área.
Para padre Alberto Zamberletti, que falava em exclusivo á Rádio Sol Mansi (RSM), a margem de a abertura oficial do dia africanos da medicina tradicional este ano sob o lema: “Regulamentar os Produtos da Medicina Tradicional em África”, defende que a cada 31 de Agosto, dia africano da medicina tradicional, deve ser recomendado os esforços comuns na conservação da natureza porque dois terços da medicina moderna vem da terra.
“Quando é descoberta uma planta é bom saber a forma do seu tratamento para ser fiável. Todos dos medicamentos devem ser seguros. Juntos dos princípios activos que dão benefícios a saúde também é verificado nas plantas (os tóxicos) e todos estes benefícios devem ser tratados da melhor forma para não ter consequências negativas e para a segurança dos populares”, alerta pe Zamberletti que disse ainda que é bem-vindo e urgente estes trabalhos.
O médico afirma ainda que a vantagem da medicina natural é que pode ser associada com os medicamentos modernos e os dois podem combater melhor os vírus que provocam doenças.
“O que recomendamos sempre é que seja utilizada todas as duas formas mas com recomendação medica”, afirma.
Entretanto, o representante da Organização Mundial de Saúde, OMS, Aygan Kossi, revela que na região africana da OMS, a medicina tradicional é uma importante fonte de cuidados de saúde para muitos africanos, com cerca de 80% de pessoas que procuram este serviço.
“Os benefícios da medicina tradicional são evidentes mas é necessário a sua regulação para permitir uma prestação de serviços e a existência de produtos de cuidados de saúde de qualidade, seguros e eficazes. o cumprimento de regras rígidas garantirá não só a segurança das pessoas como também as condições em que esta pratica é exercida”, afirma o representante da OMS que ainda ainda que isso é importante nas zonas rurais, onde muitas das vezes, constitui a única fonte de cuidados de saúde.
Na Guiné-Bissau, apesar da medicina tradicional desempenhar um papel importante no sistema de saúde, ainda esta pratica encontra-se fragilizada e pouco organizada e ainda não existem leis sobre esta prática. Segundo a OMS a deficiência avaliação baseada em evidências sobre a segurança, eficácia e qualidade das praticas dos produtos bem como a sua interacção reciproca com a medicina convencional, são alguns dos factores que entravam o seu progresso.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Amade Djuf Djalo