Fonte: RFI, Por Isabel Pinto Machado
Os trabalhadores da Orange Bissau, suspenderam hoje a greve de três dias iniciada ontem, para reclamar aumentos salariais e o mesmo estatuto que têm os funcionários da Orange noutros países africanos.
A greve dos trabalhadores da Orange Bissau foi suspensa esta quarta-feira (10/08) após um compromisso assumido pela direcção da empresa e os trabalhadores, na presença de director do trabalho, junto do Ministério da Função Pública em representação da tutela.
A direcção da Orange Bissau, primeiro operador de telefonia móvel na Guiné-Bissau, comprometeu-se a iniciar ainda hoje negociações com os grevistas, com base nas reivindicações que figuram no pré-aviso de greve entregue a 25 de Julho.
Alberto Djata, secretário-geral dos trabalhadores da Orange Bissau e porta-voz dos grevistas refere que os "entre 90 e 95% de grevistas de todas as categorias laborais excepto na direcção" exigem "salários equiparados aos dos funcionários do sector de telecomunicações" no país, designadamente os da segunda operado MTN cujos salários são mais do dobro dos praticados na Orange Bissau.
Alberto Djata destaca ainda que a Orange Bissau é filial da SONATEL e em 2013 foi assinado um protocolo, segundo o qual até 2017 todos os " funcionários receberiam 500 acções", o que acontece com os da Orange Mali ou Orange Guiné-Conacri, mas no caso da "Orange Bissau a direcção apenas o faz para os funcionários que vão para a reforma ou em caso de morte", o que indigna os trabalhadores, sendo este o segundo ponto das suas reivindicações.