Banjul - A Gâmbia continua a aguardar nesta segunda-feira o anúncio de uma data para o regresso do seu novo presidente Adama Barrow, que exige garantias de segurança e o prosseguimento da operação militar oeste-africana, apesar da ida ao exílio de Yahya Jammeh, acusado de ter esvaziado os cofres do Estado.
Barrow, acolhido desde 15 de Janeiro no Senegal vizinho a pedido da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que teme pela sua segurança desde os últimos dias do mandato de Yahya Jammeh, tomou posse a 19 de Janeiro na Embaixada da Gâmbia em Dakar, pouco antes do início da operação militar.
Embora Yahya Jammeh tenha finalmente deixado sábado o país para a Guiné Equatorial na sequência da última mediação dos presidentes da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz, e da Guiné-Conakry, Alpha Condé, o novo chefe de Estado considera que as condições de segurança são ainda insuficientes para regressar, segundo o seu conselheiro Mai Fatty.
“A segurança na Gâmbia continua frágil", indicou Fatty domingo à noite em Dakar.
"Esperamos por uma declaração pública dos chefes de serviços de segurança sobre o seu compromisso de fidelidade com a República e a Constituição, assim como da sua lealdade ao chefe de Estado", disse, citando designadamente o exército, a polícia, ou ainda a Agência nacional de inteligência (NIA).
O chefe do exército, o general Ousman Badjie, afirmou nesta segunda-feira ter "prometido lealdade a Barrow" no dia da sua investidura, data em que foi visto celebrar o acontecimento com os apoiantes do novo presidente perto Banjul.
"Prestamos lealdade na televisão nacional", acrescentou, referindo-se a uma declaração na semana passada do Conselho de Segurança Nacional representado pelo general Badjie, e os chefes da polícia, Yankuba Sonko, e das alfândegas, Momat Cham.
Numa declaração lida em seu nome par Fatty, o presidente Barrow deseja que as forças da CEDEAO "continuem na Gâmbia até que a situação geral no plano de segurança seja globalmente restabelecida".
A Gâmbia, pequeno país anglófono totalmente encravado no Senegal com excepção da sua zona costeira, atravessou uma crise desde que Yahya Jammeh anunciou a 09 de Dezembro a sua rejeição a ceder o poder a Adama Barrow, vencedor das eleições de 01 de Dezembro.
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