sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

PAIGC QUEIXA-SE DE TER SIDO AFASTADO DE HOMENAGENS A AMÍLCAR CABRAL EM BISSAU

Na nossa opinião, o moço de recados(DSP), não tem condições para continuar como líder do PAIGC. Portanto a melhor coisa que pode e deve fazer é demitir-se.  
 
O PAIGC, principal partido no parlamento da Guiné-Bissau, esteve hoje ausente das homenagens do Dia dos Heróis Nacionais no mausoléu de Amílcar Cabral, líder da luta pela independência da Guiné-Bissau, queixando-se ter sido afastado do local.
 
O Presidente da República, José Mário Vaz, fez a tradicional romagem ao mausoléu, nas instalações do Estado-Maior General das Forças Armadas, para deposição de coroas de flores.
 
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lutou pela autodeterminação do país, tentou fazê-lo momentos antes, mas disse ter sido impedido por militares.
 
"Pela primeira vez na história do país", com 43 anos de independência, o PAIGC "foi proibido de entrar na Fortaleza da Amura, invocando-se o facto de o Presidente da República ainda o não ter feito", anunciou o partido em comunicado.
 
O "facto inédito" é classificado como mais uma das "provocações" por parte do chefe de Estado, acrescenta-se no documento, segundo o qual havia uma autorização concedida ao PAIGC para realizar o seu momento de homenagem.
 
O partido acabaria por recordar Amílcar Cabral junto a uma estátua do fundador da nacionalidade, erigida na rotunda do aeroporto da capital.
 
Da comitiva do PAIGC fazia parte Domingos Simões Pereira, presidente do partido e ex-primeiro-ministro, demitido em agosto de 2015 por José Mário Vaz.
 
Desde então, as divergências entre ambos têm-se agudizado, ao ponto de o PAIGC, que venceu as eleições de 2014 com maioria absoluta, não fazer parte dos dois últimos governos empossados pelo chefe de Estado - de um total de cinco executivos em dois anos e meio de legislatura.
 
Em 2016, o PAIGC e o Presidente José Mário Vaz também homenagearam Cabral em momentos distintos, na Fortaleza da Amura, quando no passado era habitual que os dirigentes guineenses o fizessem na mesma altura.
 
Pese embora o mal-estar político, José Mário Vaz disse aos jornalistas que espera que 2017 seja "um ano de paz e reconciliação".
 
Sem fazer referência às divergências políticas, lamentou que "até hoje não se tenha conseguido concretizar o sonho dos fundadores da nacionalidade" com vista ao desenvolvimento do país.
 
O Presidente da República aproveitou a ocasião para alertar para "os problemas dos jovens que não têm emprego" e voltou a pedir ao governo para realizar reformas na administração pública.
 
O feriado nacional do Dia dos Heróis Nacionais, na Guiné-Bissau, recorda o assassinato de Amílcar Cabral, a 20 de janeiro de 1973, em Conacri.

LFO/MB