Bissau,17 Jul 17 (ANG) – As autoridades de fiscalização marítima da Guiné-Bissau capturaram onze pirogas de pesca senegalesa que praticavam pesca ilegal nas águas territoriais guineense tendo quatro deles conseguido fugir levando um elemento da Guarda Nacional.
Em declarações à imprensa hoje, no Cais de Pindjiguiti, para apresentação púbica das referidas embarcações, o Coordenador dos Serviços de Fiscalização de Actividades de Pesca (Fiscap), explicou que as aprensões resultam de uma operação conjunta entre o Ministério das Pescas, Capitania dos Portos, Marinha e Guarda Nacional.
“Foram apreendidas onze canoas, quatro vieram a fugir com um elemento das forças de Guarda Nacional devido a insuficiência de homens para controlar e trazer todas as canoas para Bissau”, explicou Mário Fambé.
Aquele responsável sublinhou que as autoridades das pescas já estão a acionar mecanismos junto a Comissão Sub Regional das Pescas para que esta possa diligenciar no Ministério das Pescas do Senegal para fazer com que as pirogas que fugiram possam ser obrigadas a voltar a Guiné-Bissau para serem julgados mediante as infracções cometidas.
Perguntado sobre as circunstâncias em que um elemento da Guarda Nacional foi capturado por uma das canoas senegalesas, Mário Fambé disse que o alto mar tem as suas complicações.
“A operação aconteceu a noite. E só quem nunca conhece o alto mar é que pode questionar. Não é nada fácil apreender quantidade de pirogas com poucos elementos de fiscalização”, informou.
Mário Fambé sublinhou que em muitas ocasiões houve mesmo situações de morte no alto mar de elementos de fiscalização marítima.
O Coordenador do FISCAP disse contudo que dispõe de informação de que o elemento da Guarda Nacional já se encontra no Senegal sob custódia das autoridades daquele país sã e salvo inclusive alojado num hotel.
“Mas isso não é o nosso desejo porque o homem foi capturado com arma e fardamento nacional e nunca mais permitiremos que um dos nossos parceiros de pesca continuasse a praticar actos do género”, ldisse.
Recordou que há bem pouco tempo, a mesma situação aconteceu no sector de Cacine, sul do país onde um elemento da fiscalização marítima foi igualmente deitado na água pelos pescadores ilegais e que veio a ser resgatado com vida horas depois.
Perguntado sobre o que O FISCAP vai fazer doravante para evitar actos de captura ou agressões dos seus elementos no alto mar, Mário Fambé respondeu que vão reforçar os meios de fiscalização.
“Se notarmos a própria Marinha de Guerra Nacional entidade que garante a segurança marítima está neste momento desprovido de meios. Portanto estamos numa situação muito complicada. Para que o governo resolva os problemas dos nossos mares deve aranjar meios adequados para o efeito”, explicou.
Fambé afrmou que existem recursos humanos capazes mas que não podem fazer nada sem meios materiais.
O Comandante da Guarda Nacional, Armando da Costa Marna, reiterou na ocasião o empenhos dos seus agentes para fazer vincar a autoridade doestado, mas lamentou a falta de meios materiais.
“Na referida operação os nossos serviços conjunto de fiscalização marítima usaram os parcos meios de que dispõe e que resultou na apreensão de onze canoas tendo quatro fugido com um elemento da Guarda Nacional”, disse.
Armando Marna disse que já estão a fazer diligências junto das autoridades senegalesas para o retorno ao país do elemento da Guarda Nacional.
ANG/ÂC/SG