sexta-feira, 21 de julho de 2017

REUNIÃO ENTRE MINISTROS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL SÓ DEPOIS DE BISSAU RETOMAR EMISSÕES DA RTP E RDP ?????

Atualizado às 22:00

Uma boa oportunidade para o governo da Guiné tomar uma decisão, ou seja, cortar definitivamente as emissões da RDP África e RTP África na Guiné-Bissau. Que falta faz esses órgãos ao povo guineense? Nenhuma. Antes, os guineenses já estavam bem servidos sem esses órgãos de desinformação e vão continuar a ser bem informados, temos a internet para pesquisa, vários blogues e sites que informam melhor que órgãos neocolonialistas, temos redes sociais para partilhar informações, temos rádio nacional, rádios comunitárias, rádios privadas, rádios internacionais (RFI e outros órgãos de referência), TV, etc, etc.

Jamais aceitaremos uma posição de subserviência no setor das comunicações e noutros setores chaves do país, ou seja, não aceitaremos acordos que não beneficiam o nosso país, nem cederemos as pressões, intimidação e chantagens dos governantes portugueses. Que fique bem claro aos governantes portugueses, as emissões desses órgãos na Guiné-Bissau, só serão retomadas quando for assinado novo acordo de cooperação no setor da comunicação, caso contrário adeus RDP e RTP África. Guiné kila muda! Viva governo da Guiné-Bissau! Viva JOMAV! abaixo os BAJULADORES e alienados.
Portugal está "inteiramente disponível" para negociar com a Guiné-Bissau a revisão da cooperação na área da comunicação social, mas só após Bissau repor as emissões dos canais África da RTP, afirmou hoje o chefe da diplomacia portuguesa.
 
Augusto Santos Silva, que falava aos jornalistas no final de uma reunião de trabalho com o homólogo togolês, Robert Dussey, indicou que o Governo guineense já apresentou uma proposta de reunião setorial para ultrapassar a suspensão das emissões, cortadas unilateralmente a 01 deste mês.

Recusando a palavra "condicionar", o ministro dos Negócios Estrangeiros português optou por "usar uma frase mais suave".
 
"Não vamos usar a palavra condição. Vamos usar uma palavra mais suave e dizer que o trabalho bilateral que é preciso fazer será muito mais fácil a partir do momento em que as autoridades guineenses repuserem as emissões que cortaram (...) Pensamos que a melhor forma de criar condições para que o trabalho seja produtivo é repor as emissões cortadas", sustentou.
Insistindo na disponibilidade de Lisboa para se sentar à mesa das negociações, Santos Silva lembrou que os programas de cooperação "não podem ser confundidos com os conteúdos editoriais dos órgãos de comunicação social públicos".
 
"À luz da Constituição e da lei, o Governo não tem nenhuma espécie de interferência nesses conteúdos", acrescentou.
 
A 30 de junho último, o ministro da Comunicação Social guineense, Vítor Pereira, anunciou a suspensão das emissões dos canais África da RTP e RDP e da agência Lusa a partir das 00:00 de 01 deste mês, alegando a caducidade do protocolo assinado a 31 de outubro de 1997.
 
Vítor Pereira, porém, acabaria por excluir, no mesmo dia, a agência noticiosa portuguesa da suspensão das atividades.
 
Já a 01 deste mês, o ministro da Comunicação Social guineense convocou nova conferência de imprensa, em que justificou que a decisão de suspensão das atividades da rádio e televisão pública de Portugal no país "não é uma questão política, mas apenas técnica".
 
A Guiné-Bissau tem vivido uma situação de crise institucional desde as últimas eleições, com um afastamento entre o partido vencedor das legislativas e o Presidente da República, também eleito.
 
JSD // EL