quarta-feira, 2 de agosto de 2017

GRUPO DE MULHERES DA GUINÉ-BISSAU AFIRMA QUE HÁ CONDIÇÕES PARA ULTRAPASSAR CRISE

O grupo de mulheres facilitadoras da Guiné-Bissau afirmou hoje que há condições para ultrapassar o impasse político que o país vive há dois anos e que as partes devem sentar-se para aplicar o Acordo de Conacri.

"Felizmente hoje estamos numa fase em que dizemos que atingimos 90% do nosso trabalho. Hoje há condições, pensamos que o ambiente que conseguimos criar entre as partes permite que se sentem e discutam e implementem o Acordo de Conacri", disse Francisca Vaz.

Francisca Vaz falava aos jornalistas depois de um encontro com o Presidente guineense, José Mário Vaz, para entregar um relatório sobre as duas rondas de negociações que o grupo de mulheres realizou com as partes signatárias do Acordo do Conacri, durante os últimos dois meses.


"Depois de dois meses de intensas atividades, o grupo de mulheres facilitadoras vieram hoje finalmente entregar o relatório dos trabalhos que desenvolvemos. O nosso objetivo durante dois meses foi abrir o canal de comunicação entre as instituições e os partidos políticos", disse.

Segundo Francisca Vaz, o objetivo foi "evitar a violência" e fazer com que as pessoas "tirassem as suas mágoas, dialogassem para pôr em prática" o melhor para todos os guineenses.

"Mais uma vez apelamos a todas as partes para que vejam o interesse de Estado. Cada um de nós pode ter os nossos interesses, mas o interesse de Estado é superior. Foi isso que pedimos ao Presidente", disse, salientando que cabe agora a José Mário Vaz tomar medidas para a saída da crise.

O Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e de confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.

O atual Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial?, não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.

MSE // EL

Os jornalistas da lusa  devem aprender a lição com os erros dos seus conterrâneos da RDP e RTP África. Afirmar que o atual governo é de iniciativa presidencial é pura desinformação, o atual primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, foi nomeado com base no acordo de Conacri. Chega de desinformação!