quarta-feira, 2 de julho de 2014

BISSAU ESTÁ SEM ELETRICIDADE E ÁGUA HÁ SEIS DIAS DEVIDO À FALTA DE GASÓLEO


A capital da Guiné-Bissau está desde sexta-feira passada sem energia elétrica e a água canalizada aparece apenas de quando em vez nas casas dos habitantes, devido à falta de gasóleo na central elétrica, disse hoje fonte da empresa distribuidora daqueles serviços.

Wasna Papai Danfá, diretor-geral da EAGB (Empresa de Eletricidade e Água da Guiné-Bissau), explicou que "a falta de luz e água" se deve, por um lado, à fraca capacidade financeira da empresa em adquirir gasóleo para os grupos eletrogéneos, mas também à avaria de alguns motores.

Dos nove grupos eletrogéneos que a empresa possui para fornecer energia elétrica e distribuir água canalizada em Bissau, apenas seis estão operacionais. Os restantes estão parados para manutenção, que deve durar 15 dias, disse Papai Danfá.

"Mesmo com a paragem desses grupos, se tivéssemos gasóleo podíamos dar luz e água. O problema é mesmo a falta de gasóleo", esclareceu o diretor-geral da EAGB, que pede a intervenção do governo.

Há muito que a empresa pública foi declarada como estando em falência técnica, lembrou o diretor-geral da EAGB. Wasna Papai Danfá diz que a "única esperança" que a empresa tem neste momento reside numa linha de financiamento disponibilizada pelo Banco Mundial no valor de 22 milhões de dólares. Com esse dinheiro a EAGB poderá comparar gasóleo durante os próximos seis meses, fornecendo energia e água à população de Bissau.

No entanto, o dinheiro (17,2 milhões de dólares em empréstimo e 5,3 em forma de donativo) ainda não foi entregue ao governo, que, por sua vez, irá entrega-lo à empresa, porque ainda carece do visto da Procuradoria-Geral da Republica.

"Se esse dinheiro não chegar até nós, não temos como fornecer energia e água nos próximos tempos", declarou Papai Danfá.

Até segunda-feira passada a empresa ainda forneceu água canalizada mas o diretor-geral da EAGB afirmou que essa possibilidade já não existe, porque os 20 mil litros de gasóleo que o governo deu à empresa já acabaram. Fonte: Aqui