Como prevenir é melhor do que remediar, com medo dos “caçubody”, muitos mindelenses que andam às altas horas da noite ou de madrugada, já andam preparados. Não têm outra opção, por isso, andam com objectos que podem ajudá-los a defenderem-se ou intimidar o assaltante.
Maria Amélia é varredeira de rua e quando vai de madrugada para o trabalho, anda prevenida: “trago sempre uma navalha”. Ela justifica esse acto dizendo que a navalha serve apenas para intimidar as pessoas que praticam o “caçubody”. Maria diz não ter coragem de esfaquear uma pessoa, mas se for alvo de um “caçubody”, “eu ameaço, mas não tenho coragem de matar uma pessoa”. Maria nunca foi assaltada, mas já viu muitos assaltos e teme que a próxima vítima seja ela.
Luzia que também começa a trabalhar de madrugada, adianta que uma faca é a sua companheira e nunca se esquece dela. “Posso-me esquecer de qualquer coisa, menos da minha faca”. Questionada sobre a razão pela qual anda com uma faca, Luzia esclarece: “já fui assaltada uma vez e não quero voltar a ser pela mesma situação”, por isso, ela previne-se e adianta que já anda preparada para os “caçubodistas”.
A estudante universitária Ivânia Pinto tem a sua companheira fiel numa tesoura que anda sempre na bolsa: “trago a minha tesoura num bolsinho da minha bolsa. Qualquer acto suspeito e tiro a minha tesoura”. Ivânia já sofreu dois “caçubodis” e até tem uma cicatriz no braço, porque resistiu a um “caçubody” e não tinha nenhuma arma. “Agora, posso ficar com uma cicatriz, mas eles ficam com a minha marca”. Fonte: Aqui
Guiné i lubu ku kema costa!
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