sábado, 5 de julho de 2014

EMPOSSAMENTO DO PM DA GUINÉ-BISSAU E EPIDEMIA DE ÉBOLA COMO DESTAQUES DA SEMANA AFRICANA


Luanda, - O empossamento quinta-feira do Primeiro-ministro da Guine-Bissau, Domingos Simões Pereira, e a realização em Accra (Ghana) do fórum sobre a epidemia da Ébola que está a ceifar a vida de centenas de cidadãos de alguns países da África Ocidental, são entre outras, as matérias de destaque na semana noticiosa africana.

Domingos Simões Pereira, também líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) foi empossado pelo Presidente guineense José Mário Vaz. No entanto a cerimónia da tomada de posse dos membros do seu Governo agendada para o mesmo dia não se efectivou  por questões de protocolo disse à Lusa fonte partidária.

A semana registou ainda quinta-feira, a reunião de ministros da Saúde de 11 países da África(Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Senegal, Serra Leoa e Uganda) que discutiram medidas urgentes para combater a maior epidemia de febre hemorrágica Ébola da história.

Outra notícia de grande preocupação na semana em balanço, foi o aviso dado pela embaixada americana no Uganda do risco de ataque terrorista quinta-feira no aeroporto internacional de Kampala, a capital do país, arrastando também a ameaça terrorista a este país, vizinho do Quénia, onde a situação já é preocupante.

Ainda sobre atentados, a explosão de uma bomba num comboio na cidade de Alexandria, no Egipto, causou quinta-feira cinco feridos, anunciaram funcionários da segurança, no dia que coincidiu com o primeiro aniversário da destituição do presidente islâmico Mohamed Morsi, pelo exército egípcio.

A resenha africana passa também por Túnis, capital da Tunísia, onde um  imã radical foi exonerado por ter se recusado de oficiar  exéquias de um soldado morto, esta semana, durante uma operação contra um grupo jihadista, anunciou nesta sexta-feira o ministério tunisino dos Assuntos Religiosos.
Segundo uma testemunha interrogada pela AFP, o imã Moncef Gharsallah  publicamente recusou a pronunciar a oração, qualificando o defunto de "taghout", o termo árabe significa "tirano" e utilizado pela tendência salafista para qualificar os polícias e militares.

Cabo Verde decidiu honrar a memória de Cabral, ao anunciar quarta-feira a criação de um museu em homenagem a Amílcar Cabral, com o objectivo de valorizar e divulgar o legado escrito do pai da identidade cabo-verdiana.

Outro  registo da semana é também a detenção pelo Exército nigeriano de um suspeito importante no caso do rapto, há mais de dois meses, de mais de 200 alunas em Chibok, no Estado de Borno, no norte do país. O porta-voz do Exército, o general Chris Olade, que anunciou a notícia da detenção num comunicado publicado em Abuja, identificou o suspeito como o empresário Babuji Ya’ari, que teria confirmado a utilização do grupo de auto-defesa Civilian JTF como cobertura para as suas actividades terroristas. O general Olade disse que uma célula de informação terrorista dirigida por um empresário que participou activamente no rapto das alunas em Chibok foi detida pelas nossas tropas.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou quarta-feira que pacientes internados em hospitais do Sudão do Sul foram executados pelos beligerantes, alcançado a violência níveis assustadores que não eram vistos em décadas neste país em guerra civil.Segundo a MSF, ao menos 58 pessoas morreram em quatro hospitais nos últimos meses.
Mataram pacientes acamados e várias unidades de atendimento médico ficaram completamente destruídas pelas chamas. Estes ataques têm consequências consideráveis para centenas de milhares de pessoas, afirmou a MSF num relatório.
Contrário a essa notícia, a Líbia e a Tunísia registaram domingo  a libertação de dois diplomatas tunisinos raptados há vários meses em Trípoli (Líbia) por homens armados, anunciou o primeiro-ministro tunisino, Mehdi Jomaa, domingo à noite.
O destaque da semana vai também pela confirmação pelo Tribunal Penal Internacional para Rwanda , em Arusha, Tanzânia, da pena de 30 anos de prisão  em que foi condenado o antigo comandante do exército rwandês Augustin Bizimungu por sua participação no genocídio de 1994. O ex-comandante do Estado-Maior havia apelado da condenação anunciada em Maio de 2011.             
O general Bizimungu assumiu a chefia do exército rwandês a 16 de Abril de 1994, em pleno genocídio, que, segundo a ONU, causou a morte de 800.000 pessoas, principalmente da minoria tutsi, entre Abril e Julho de 1994. Leia mais destaques da semana africana