Por: Okutó Pisilon
O Presidente de Moçambique, Armando Emílio Guebuza, está de visita a Portugal desde o dia 29 de Junho. O porta-voz da Presidência moçambicana, Edson Macuácua, afirmou que a visita de Guebuza a Portugal, a convite do seu homólogo, Aníbal Cavaco Silva, "revela o alto nível de aproximação que existe entre os dois chefes de Estado". O Governo português definiu as relações entre os dois países como um "bom momento". Portanto, o que importa são os negócios, o resto é romance! O estadista moçambicano virou lacaio dos tugas a falar da Guiné-Bissau. Enfrenta uma guerra contra a Renamo no seu país, tendo-se revelado incompetência na resolução pacífica. Tem dois beligerantes ameaçando dividir Moçambique pelo meio. Há registos dramáticos de violentos confrontos armados, ataques frequentes a colunas de viaturas, ferimentos, vítimas mortais e raptos de portugueses, etc.. Em vez de falar sobre assuntos do seu país, e do seu maquiavélico plano de assassinar Afonso Dhlakama, Guebuza teve o descaramento ainda de fazer frete aos tugas, prometendo o apoio de Moçambique e de outros países, incluindo Portugal, às novas autoridades da Guiné-Bissau, dizendo: «Nós estaremos juntos, com Portugal, nessa batalha de apoio e com os outros países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e eu creio, também, com a própria União Africana». Só assim se percebe porquê que Moçambique se fez representar na Cimeira de FORPALOP, em Luanda, pelo seu Primeiro-ministro Alberto António Vaquina. A anunciada “batalha” de apoio da CPLP às novas autoridades é mais um teste a nossa soberania. Pois, já esqueceram das vicissitudes que teve o regime salazarista na nossa terra.