terça-feira, 8 de julho de 2014

MOÇAMBIQUE: FRELIMO DIZ QUE DETENÇÃO DO PORTA-VOZ DA RENAMO PECA POR TARDIA, RENAMO FALA “EM RAPTO”


A Frelimo, no poder em Moçambique, congratulou-se hoje com a "sábia, pertinente e oportuna" decisão de levantamento de imunidade do porta-voz da Renamo, principal partido de oposição, e considerou que a sua detenção apenas peca por tardia.
"A sábia decisão do Conselho de Estado e pronta resposta da administração de justiça peca apenas por chegar tarde, porque há já bastante tempo que o povo perguntava se António Muchanga era intocável e estava acima da lei", declarou hoje, numa conferência de imprensa em Maputo, Damião José, porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

Renamo fala em “rapto”
Uma delegação da Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, deslocou-se ao final da manhã à Procuradoria-Geral moçambicana para repudiar a detenção do porta-voz do movimento e conselheiro de Estado, António Muchanga, considerando-a um "rapto".
Falando à imprensa, no final de um encontro entre uma delegação da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) e o procurador-geral adjunto Afonso Antunes, a chefe da bancada parlamentar do principal partido da oposição, Angelina Enoque, disse que o partido se deslocou à Procuradoria-Geral da República (PGR) para pedir esclarecimentos sobre a legalidade da detenção de António Muchanga.

"Para nós (a detenção de António Muchanga), foi uma ilegalidade cumprida, os órgãos envolvidos neste ato estavam em sintonia, sabiam que a sessão do Conselho de Estado ia terminar e que ele ia sair", afirmou Angelina Enoque, referindo-se ao facto de o porta-voz da Renamo ter sido detido imediatamente após lhe ter sido retirada a imunidade de que gozava na qualidade de conselheiro de Estado. Leia mais
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