Três ataques a colunas de
viaturas, escoltadas pelo Exército, no troço MuxúnguŠ-Save, Sofala, centro de
Moçambique, fizeram quatro feridos na segunda-feira e hoje, disseram à Lusa
fontes militares e policiais.
"Na primeira coluna da
segunda-feira ficaram feridas duas pessoas, uma terceira pessoa sofreu
escoriações na coluna da tarde. Na terça-feira a coluna da tarde foi atacada e
resultou num ferido ligeiro", disse à Lusa um militar.
Três das quatro vítimas,
disse, sofreram ferimentos durante a "agitação" nos autocarros de
passageiro, quando as colunas foram paradas pelos ataques, atribuídos a homens
armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição
em Moçambique, que se confronta com o exército há um ano na região.
A quarta vitima, atingida
por uma bala na primeira coluna de segunda-feira, foi levada para o hospital
distrital de Vilanculo, Inhambane (sul do país), disse a mesma fonte.
Um assessor de imprensa da
Polícia em Sofala, citado hoje pela estatal Rádio de Moçambique, confirmou os
dois ataques na segunda-feira nas regiões de Zove e Mutinguti, nas colunas da
manhã e tarde, que fizeram dois feridos, um dos quais grave mas fora de perigo
de vida.
Num troço de cem quilómetros
da N1, única estrada que une o centro e o norte do país, entre Save e MúxunguŠ,
na província de Sofala, a circulação está condicionada a escoltas militares,
que têm sido atacadas quase diariamente.
As partes permanecem
separadas pela exigência do Governo do desarmamento do braço armado da Renamo,
que, por sua vez, reivindica paridade na composição das forças armadas e de
segurança.
Moçambique tem previstas
eleições gerais (presidenciais, legislativas e assembleias provinciais) em 15
de outubro. Fonte: Aqui