Moçambique figura entre os 15 países com o maior número de pessoas com VIH/Sida, segundo um relatório do Programa Conjunto da ONU para o VIH/Sida (ONUSIDA), apresentado hoje em Genebra.
O documento, de 400 páginas e publicado no âmbito da 20.ª Conferência Internacional sobre a Sida, que decorrerá entre os dias 20 e 25 deste mês em Melbourne, Austrália, destaca que Moçambique se situa na região do mundo mais atingida pela epidemia.
O total de 15 países referenciado pela ONUSIDA são a África do sul (18%), Nigéria (9%), Índia (6%), Quénia (5%), Moçambique (4%), Uganda (4%), Tanzânia (4%), Zimbabué (4%), Estados Unidos (4%), Zâmbia (3%), Malawi (3%), China (2%), Etiópia (2%), Rússia (2%) e Brasil (2%), que representam em conjunto cerca de dois terços dos 35 milhões de pessoas que em 2013 estavam infectadas.
Moçambique, que contabilizava 1,6 milhões de doentes em 2013, cerca de 400 mil mais do que em 2005, quando foram então registadas 1,2 milhões de pessoas infetadas, registou no mesmo período um aumento do total do número de mortes relacionadas com a sida: passou de 73 mil óbitos, em 2005, para 82 mil, em 2013.
Relativamente às novas infeções a nível mundial (2,1 milhões, em 2013), Moçambique representa 5% desse valor, que sobe para 8% quando se consideram as novas infeções na África subsaariana (1,5 milhões, no mesmo período).
Por género, o estudo salienta que as mulheres são mais vulneráveis a novas infeções. No caso de Moçambique, a prevalência é de 7% entre as adolescentes, e de 15% a partir dos 25 anos.
As regiões em Moçambique mais afetadas pela epidemia coincidem com as rotas mais importantes de transportes e portos marítimos, como a rota da Beira até Mutare, no vizinho Zimbabué, e o porto de Quelimane, centro do país. Fonte: Aqui