O grupo de estudantes oriundos da Guiné-Bissau em Oriol, na Rússia, obteve hoje um desmentido oficial em relação às acusações de que eram portadores do vírus do ébola, os estudantes regressam amanhã às aulas, mas o clima de medo e tensão em que vivem não se atenua.
A Guiné-Bissau não registou nenhum caso de ébola, e em prevenção encerrou a sua fronteira comum com a Guiné-Conacry, um dos 3 países mais atingidos na África Ocidental com a Serra Leoa e a Libéria, uma epidemia que já causou mais de 4500 vítimas mortais.
Um grupo de 15 estudantes bolseiros guineenses chegou na passada terça-feira (14/10) a Oriol, depois de ter saído de Bissau, com escalas no Senegal e Marrocos, um deles tinha uma febre ligeira, mas foi imediatamente hospitalisado e isolado por suspeita de ébola, o que levou à desinfecção do centro estudantil, onde residem os 65 estudantes guineenses, num universo de 150 estudantes africanos nessa localidade russa, situada a cerca de 400 kms de Moscovo.
A realização de um teste clínico ainda na terça-feira, permitiu afastar a hipótese de presença do vírus do ébola, mas os estudantes receberam ameaças de morte, pelo que decidiram permanecer até hoje (20/10) na sua residência estudantil.
Hoje mesmo as autoridades de Oriol desmentiram oficialmente através da rádio e televisão a presença do vírus do ébola no seio do grupo de estudantes guineenses, e ameaçam expulsar da universidade todos os autores de actos de racismo.
O guineense Siciliano Elísio Mendes Barbosa, presidente da Associação dos Estudantes Guineenses na Rússia, admite que o racismo e a discriminação de que os africanos são alvo vai continuar apesar destas ameaças, apela à vigilância e aconselha os estudantes africanos a não sairem à rua sozinhos. RFI
Um grupo de 15 estudantes bolseiros guineenses chegou na passada terça-feira (14/10) a Oriol, depois de ter saído de Bissau, com escalas no Senegal e Marrocos, um deles tinha uma febre ligeira, mas foi imediatamente hospitalisado e isolado por suspeita de ébola, o que levou à desinfecção do centro estudantil, onde residem os 65 estudantes guineenses, num universo de 150 estudantes africanos nessa localidade russa, situada a cerca de 400 kms de Moscovo.
A realização de um teste clínico ainda na terça-feira, permitiu afastar a hipótese de presença do vírus do ébola, mas os estudantes receberam ameaças de morte, pelo que decidiram permanecer até hoje (20/10) na sua residência estudantil.
Hoje mesmo as autoridades de Oriol desmentiram oficialmente através da rádio e televisão a presença do vírus do ébola no seio do grupo de estudantes guineenses, e ameaçam expulsar da universidade todos os autores de actos de racismo.
O guineense Siciliano Elísio Mendes Barbosa, presidente da Associação dos Estudantes Guineenses na Rússia, admite que o racismo e a discriminação de que os africanos são alvo vai continuar apesar destas ameaças, apela à vigilância e aconselha os estudantes africanos a não sairem à rua sozinhos. RFI