quarta-feira, 8 de abril de 2015

Portugal. RACISMO E XENOFOBIA DA CÂMARA MUNICIPAL DA AMADORA ESTÁ NO AUGE


Não é novidade ler nos jornais sobre as frequentes demolições levadas a cabo pela Câmara Municipal da Amadora nos bairros pobres sem que antes acautele o direito constitucional à habitação dos moradores das casas que vão demolindo.
 
De salientar que em larguíssima percentagem os que ficam sem casa são africanos das ex-colónias. Existe um combate prepotente da Câmara Municipal da Amadora aos habitantes dos bairros pobres da cidade. 
 
Com constatação podemos dizer que o racismo e a xenofobia estão a vigorar no auge nas práticas da Câmara Municipal da Amadora. Como se já não bastasse o racismo e a xenofobia de elementos da polícia daquela cidade dos arredores de Lisboa, também a Câmara Municipal da Amadora dá o seu zeloso contributo.
 
Redação PG
 
Dormiram entre escombros após demolição de casa
 
Paulo Lourenço – Jornal de Notícias
Três homens de nacionalidade cabo-verdiana dormiram entre os escombros de uma casa demolida, terça-feira, no Bairro Estrela de África, na Amadora. 
Segundo Francisco Soares, um dos homens que passou a noite nas ruínas de uma das habitações, os três homens não têm alternativa de realojamento desde que a sua residência foi demolida.
 
"Estou desempregado, o único rendimento que tenho é do material que apanho no ferro velho e vendo", contou ao JN o imigrante de 55 anos, viúvo, que está em Portugal desde 1976.
 
Francisco Soares garantiu que as demolições aconteceram terça-feira sem dar alternativa aos moradores. "Nem deixaram tirar as nossas coisas", lamentou.
 
Contactada pelo JN, fonte da Câmara Municipal da Amadora negou que tenham sido feitas demolições sem aviso prévio e, muito menos, "sem dar oportunidade às pessoas de retirarem os seus haveres".
 
A mesma confirmou que terça-feira houve efetivamente 12 demolições de barracas, mas que "nenhuma estava a ser utilizada para fins habitacionais".
 
"Todas as situações são previamente acompanhadas pelos técnicos da Câmara e outras instituições antes de se avançar para demolições", garantiu a autarquia.
Fotos Sara Matos / Global Imagens