O líder do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto N´bunhe Nambeia, afirmou esta segunda-feira, 07 de setembro, que o PRS assinou o acordo para “salvar o país”. Nambeia falava durante a cerimónia da assinatura de acordo de incidência parlamentar que permite a participação do seu partido no executivo liderado por Baciro Dja.
O acto decorreu nas instalações de uma das unidades hoteleira da cidade de Bissau e contou com a participação de vários dirigentes dos renovadores (PRS), bem como a presença de alguns dirigentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
O acordo da incidência parlamentar rubricado entre a segunda maior força Política no parlamento guineense e o novo primeiro-ministro, Baciro Dja, concede aos renovadores dez (10) pastas governamentais, três regiões e duas direcções gerais. O PRS na base deste acordo detém cinco pastas ministeriais, nomeadamente da Energia e Indústria, do Comércio, da Administração Pública, da Saúde e de Justiça. Prevê-se ainda cinco Secretarias do Estado, designadamente, da Gestão Hospitalar, da Segurança Alimentar, do Tesouro, das Pescas e do Ambiente. O PRS fica igualmente com as direcções gerais da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB) e do Conselho Nacional de Carregadores (CNC). O referido acordo prevê igualmente a manutenção dos elementos daquela formação política nas instituições onde estavam a trabalhar antes da queda do executivo.
Alberto Nambeia disse na sua comunicação que o seu partido “considera a Guiné-Bissau sempre em primeiro lugar e acima de todos os interesses, por isso o partido aceitou assinar o acordo com o novo primeiro-ministro Baciro Dja, com o intuito de salvar o país”.
“Enquanto primeiro-ministro tem um trabalho de tirar o país na situação em que se encontra. Se estiver a fazer aquilo que entendemos que é o bem-estar do povo, estamos consigo. No dia em que descobrimos que já não está a fazer aquilo que esperávamos que eras capaz de fazer, portanto diremos primeiro-ministro obrigado, PRS vai tomar o seu rumo”, advertiu o líder dos renovadores.
Por seu lado, o primeiro-ministro, Baciro Dja reconheceu na sua intervenção que era “necessário ter um entendimento com o maior partido da oposição guineense (PRS), baseado num diálogo sincero e honesto que vai permitir para que haja uma estabilidade sustentável da governação”, defendeu.
Dja, lembrou ainda que a maioria dos dirigentes e militantes do PAIGC e do PRS são oriundos da mesma base sociológica de apoio. Acrescentou ainda que a única diferença que existe entre as duas formações políticas é a forma de ver e de governar o país.
Por: Redação