terça-feira, 2 de agosto de 2016

CRIANÇAS RECÉM-NASCIDAS EM MOÇAMBIQUE

Crianças recém-nascidas são vítimas do abandono nos hospitais da cidade de Maputo. Alguns perdem a vida e seus familiares nem sequer reclamam o corpo.

No berçário do Hospital Geral José Macamo há espaço para 48 crianças recém-nascidas, que nasceram prematuramente ou com complicações de saúde, como baixo peso e dificuldades respiratórias.

Entre as crianças recém-nascidas encontra-se a pequena Kleyd, nome dado no berçário por uma das enfermeiras que se tornou sua mãe. Nasceu no dia 23 de Maio e chegou à incubadora com problemas respiratórios. Kleyd foi abandonada pela progenitora, que, tendo sido notificada, se recusa a buscar a filha.

Passam agora dois meses e a menor, que está recuperada, não pode mais ficar no berçário. Kleyd será levada para o infantário 1º de Maio.
 

Uma adolescente de 17 anos de idade, está a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM), acusada de atirar o seu bebé numa latrina, na província de Tete.
 
O infanticídio aconteceu no bairro Mateus Sansão Muthemba e foi denunciado pelos vizinhos, que encontraram o nado morto na latrina da casa onde a indiciada vive com um tio.
 
A rapariga considera-se inocente e disse que não atirou o nado deliberadamente. De acordo com ela, por volta das 04h00 de madrugada sentiu dores de barriga e dirigiu-se à casa de banho.
 
Sentei na latrina e, de repente, senti uma coisa a sair e caiu na latrina. Não percebi o que se passava comigo naquele momento, mas senti que não tinha mais bebé. Voltei para dentro, não avisei ao meu tio e dormi”, contou a adolescente.