terça-feira, 27 de setembro de 2016

ALI BONGO INVESTIDO PARA NOVO MANDATO DE PRESIDENTE DO GABÃO

 
Num clima em que a memória das violências pós-eleitorais ainda está viva, depois da polémica em torno da sua reeleição face ao seu rival Jean Ping que contestou os resultados que lhe deram 50, 66% dos votos, Ali bongo foi investido para um segundo mandato de 7 anos na presidência do Gabão. Durante a cerimónia de investidura, Bongo reconheceu as dificuldades que o seu país está a atravessar, apelou ao diálogo indicando que iria nomear um governo nos próximos dias, o seu porta-voz tendo dado a entender que poderia tratar-se de um governo de abertura.

Ao esboçar como eixos da sua política a criação de "igualdade de oportunidades" e o estabelecimento de uma "economia emergente no horizonte 2025", o presidente gabonês referiu igualmente que o seu executivo "não iria poupar os esforços para manter o bom entendimento com os seus parceiros tradicionais".
 
Contudo, a nível internacional, o entendimento é outro. A assistir a esta cerimónia de investidura estiveram os presidentes do Mali, Níger, Togo e São Tomé e Príncipe. A nível de chefes de governo, estiveram os primeiros-ministros do Senegal, Chade, Congo, Marrocos e República Centro-Africana. A França bem como os Estados Unidos fizeram-se representar pelos seus respectivos embaixadores em Libreville.
 
Com efeito, ainda no Sábado, o chefe da diplomacia francesa Jean-Marc Ayrault, lamentou que a análise do recurso da oposição junto da justiça "não tenha conseguido levantar as dúvidas que pairam sobre a reeleição do presidente gabonês". No mesmo sentido, a União Europeia, cujos observadores têm sido bastante críticos em relação ao decorrer das presidenciais, também lamentou no Domingo que o "Tribunal Constitucional não tenha conseguido rectificar de forma satisfatória as anomalias observadas durante o processo eleitoral".
 
Fonte: RFI