Os mafiosos da CPLP e conselheiros do moço de recados, DSP, participaram no encontro da CEDEAO em Nova Iorque, com o propósito de tentar salvar o peão DSP e as negociatas que estavam em curso.
Lusa, 21 Set 2016 - O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse na terça-feira, no final de um encontro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em Nova Iorque, que há "consenso" sobre o acordo político alcançado na Guiné-Bissau.
"Há consenso sobre a oportunidade que o acordo de seis pontos representa e sobre a importância da nomeação de um Governo de unidade nacional", disse à Lusa Augusto Santos Silva.
Os principais atores da crise política na Guiné-Bissau concordaram a 10 de setembro com a criação de um novo Governo integrado por todos os representantes guineenses.
O princípio de acordo foi alcançado no âmbito de uma visita de `bons ofícios` realizada a Bissau pelos presidentes da Guiné-Conacri, Alpha Condé, e da Libéria, Ernest Koroma, enviados da CEDEAO.
O acordo foi o tema do encontro da organização esta terça-feira, que aconteceu à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, e para o qual foram convidados outros parceiros, como Portugal e a União Europeia.
"Todos foram unânimes em considerar que é uma oportunidade única que não se deve desperdiçar. Deve atuar-se o quanto antes", explicou o ministro português.
Augusto Santos Silva disse que o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, renovou o pedido de ajuda feito a Portugal para reformar os setores da defesa, segurança e justiça e que o país reafirmou o seu compromisso.
"A Guiné-Bissau não se pode queixar de falta de empenhamento e de falta de recursos que estão a ser mobilizados para a sua ajuda", disse o ministro, explicando que é necessária "maior solidez" das instituições guineenses para que muita dessa ajuda se concretize.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, encontrou-se na segunda-feira com o Presidente da Guiné-Bissau e também aplaudiu o acordo.
Ban Ki-moon "elogiou os progressos alcançados pelos líderes políticos na Guiné-Bissau", segundo uma nota sobre o encontro divulgada pela ONU.
José Mário Vaz e Ban Ki-moon "também discutiram o impacto socioeconómico da crise sobre a população da Guiné-Bissau e a importância de criar condições para a retoma completa do apoio financeiro internacional à Guiné-Bissau", acrescenta a nota da ONU.
Segundo o acordo, uma das tarefas essenciais do novo Governo de unidade nacional será uma revisão da Constituição.
Outras das funções do Executivo será a reforma da lei eleitoral, da lei-quadro dos partidos políticos e do setor militar.