sábado, 7 de janeiro de 2017

GERALDO MARTINS REAGE ÀS DECLARAÇÕES DO NOVO MINISTRO DAS FINANÇAS

Geraldo Martins, amigo e braço direito de DSP mais conhecido por  moço de recados, líder da máfia que atualmente controla o PAIGC, tentou se defender e justificar o injustificável, os dois governos controlados por DSP, lesaram o país, houve banditismo e esbanjamento dos cofres públicos, disso ninguém tem dúvidas. Se a justiça funcionasse, a vossa equipa de bandidismo e máfia merecia estar na cadeia e devolver tudo o que roubou. De recordar que os referidos governos  resgataram dois bancos privados na Guiné-Bissau, esse resgate apenas beneficiou certas pessoas e lesou o país, por outro lado os ladrões levaram 3 milhões de euros guardados num cofre em casa do ex-secretário de estado João Bernardo Vieira, que recentemente foi  galardoado com o óscar de melhor mafioso em 2016 na Guiné-Bissau. Si bu ta n'dianta ku bandidus e ladrons, anta abô i bandidu i landron.
Geraldo Martins revelou esta sexta-feira, 06 de janeiro, que, enquanto era Ministro das Finanças, emitiu 30 biliões de francos CFA em novos títulos de tesouro.
Em reação às declarações do Ministro do Estado, da Economia e das Finanças, João Aladje Fadia, que afirmou, na última quarta-feira, que, em dois anos, só no mercado financeiro, o Estado guineense deve mais de 40 biliões de francos CFA, Geraldo Martins nega ter contraído os 40 biliões referenciados por João  Aladje Fadia, mas sim geriu apenas 30 biliões de francos CFA.
Contudo, explica que quando o Governo de Domingos Simões assumiu a governação, havia quatro meses de salários em atraso e cada mês custava aos cofres do Governo três (3) biliões e dois (2) milhões de francos CFA.
Segundo antigo governante, para liquidar a dívida eram necessários doze (12) Biliões e oitocentos (800) milhões de francos CFA, facto que segundo disse, levou o então Executivo a subtrair quinze (15.000.000) Biliões dos trinta (30) Biliões, que diz geriu, e o resto foi aplicado no fornecimento da luz elétrica, pagamento dos atrasados aos professores para abertura das escolas públicas a tempo, plano de contingência contra o Vírus Ébola e o pagamento de uma parte da dívida externa da Guiné-Bissau, em falta desde 2010.
“Em 2016, fizemos uma segunda emissão de treze (13) biliões. Entramos para o mercado dos títulos, emitimos treze (13) biliões, tiramos dez (10) biliões e pagamos a ECOBAN e o resto de três Biliões foi ao pagamento de salários referentes ao mês de abril de 2016”, explica pormenorizadamente.
Em relação às promessas de mesa redonda, Geraldo Martins diz acreditar que se o executivo de Domingos Simões Pereira não tivesse sido demitido, uma boa parte dos fundos estaria sido canalizada, neste momento, para o país.
Especificando ainda a situação da mesa-redonda de Bruxelas, Geraldo Martins considera as declarações de João Aladje Fadia “maldosas” e cínicas em relação às finanças públicas do país e acrescenta, por outro lado, que tudo que está a acontecer, neste momento, à volta das finanças públicas é apenas falso argumento de tentar convencer o povo guineense que os resultados conseguidos na mesa redonda não serviriam de nada, porque os fundos prometidos pelos parceiros internacionais da Guiné-Bissau, nunca chegariam ao país.
Geraldo Martins diz não compreender com que espírito o Ministro do Estado, da Economia e Finanças, Joao Aladje Fadia, ousa afirmar que os fundos da mesa redonda nunca estariam disponíveis, porque segundo afirma, se os fundos não estavam a entrar, o atual Executivo não teria condições de andar e diz ter conhecimento de esquemas dos fundos que passam por país, mas que não entram nas finanças públicas, os doze (12) milhões de dólares de Angola.
Geraldo Martins, o antigo titular das pastas da economia e das finanças, afirma que a governação do país está a ser penosa e, como consequência, a situação da população está a complicar-se cada vez mais.
Geraldo Martins acusa, no entanto, Governo de Úmaro Sissoco Embaló de estar a servir-se de um Executivo de bode expiatórias para justificar o seu fracasso de governação, porque é desesperado e tem dias contados para sair das rédeas do país.
Finalmente, reafirma a posição do seu partido que defende o cumprimento do acordo de Conacri, para o fim da crise política na Guiné-Bissau.
 
Por: Filomeno Sambú