quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

NIGÉRIA: PARLAMENTO VAI APRECIAR QUESTÃO DE ASILO AO PRESIDENTE GAMBIANO JAMMEH

Resultado de imagem para yahya jammehAbuja - O Parlamento da Nigéria vai discutir a possibilidade de concessão de asilo ao presidente gambiano Yahya Jammeh, afirmou nesta quinta-feira um deputado em Abuja.

Emmanuel Yisa Orker-Jev, presidente do Comité de regulamentação e comércio na Câmara dos Representantes, declarou ao canal de televisão nacional NTA que nesta quinta-feira deverá ser discutida uma moção sobre o assunto.

Os deputados vão discutir a possibilidade de conceder a Jammeh "o asilo no quadro do processo de reconciliação da crise actual na Gâmbia", declarou Orker-Jev.

Caso for aprovada, a moção não envolverá o governo.

O presidente gambiano perdeu as eleições de 01 de Dezembro face ao candidato da oposição Adama Barrow, mas após inicialmente ter aceite os resultados, Jammeh mudou de posição.

Yahya Jammeh quer contestar os resultados em tribunal e alertou que não iria deixar o poder até que a sua queixa for decidida pelo Tribunal Supremo.

Esta posição sugere um longo impasse político uma vez que o Tribunal Supremo se encontra há vários meses na impossibilidade de resolver litígios devido à falta de juízes.
Os deputados nigerianos vão questionar se o asilo a Jammeh vai permitir que Barrow "tome o poder, como deseja a maioria dos gambianos", diz Orker-Jev.

O presidente nigeriano Muhammadu Buhari chefia sexta-feira uma delegação de dirigentes oeste-africanos em Banjul visando tentar encontrar uma solução para esta crise.

Na segunda-feira, o ministro nigeriano dos Negócios Estrangeiros, Geoffrey Onyeama, afirmou que o uso da força poderia ser considerado como um último recurso para permitir a transferência de poder.

"A violência deve ser evitada, mas nada está excluído", disse em Abuja.

No passado, a Nigéria já concedeu asilo a um certo número de líderes africanos, incluindo o antigo presidente da Libéria, Charles Taylor.

Fonte: Aqui


Banjul - O Presidente cessante da Gâmbia, Yahya Jammeh, nomeou quarta-feira Musa Jallow, como medianeiro-geral para ajudar a resolver o impasse político no país.

Jammeh está a ser pressionado interna e externamente para se demitir após a sua derrota nas eleições presidenciais de 1 de Dezembro de 2016.
Numa declaração à Rádio Gâmbia, Jammeh afirmou ter nomeado o ministro dos Assuntos Presidenciais, Musa Jallow, como medianeiro-geral "nestes momentos difíceis".

Jallow vai trabalhar com o ministro da Justiça e com a Assembleia Nacional para redigir um projecto de amnistia geral com vista a evitar perseguições "para que a nação possa restabelecer um clima de confiança e de segurança no quadro do mandato constitucional", declarou Jammeh, derrotado nas eleições presidenciais.

"Para o efeito, dou, pela presente, ordens executivas sobre a matéria, nos termos das quais ninguém será detido nem perseguido devido a actos ou omissões durante o período pré e pós-eleitoral com efeito a partir de 1 de Novembro de 2016 e 31 de Janeiro de 2017", acrescentou o mau perdedor.

Ele apelou a todos os Gambianos para se perdoar mutuamente, em particular a classe política, e pediu para que "continuem a trabalhar juntos a fim de manterem e consolidarem a paz e a harmonia".

Exortou igualmente os seus compatriotas e todos os residentes no país a cumprirem as suas tarefas em paz e segurança, garantindo que, "em nome de Deus, tudo vai correr bem e tudo será brevemente resolvido em paz".

Jammeh felicitou ainda os Presidentes dos Estados-membros da CEDEAO, da Organização da Conferência Islâmica (OCI), da União Africana (UA) e das Nações Unidas pelo seu apoio à Gâmbia, afirmando que, embora alguns se tenham enganado, "os Gambianos não se enganaram aprendendo a lavar roupa suja em família".

Explicou que Jallow se certificará de que os serviços públicos e civis continuam a trabalhar eficazmente sem receio nem favor, mas duma maneira apolítica, ao serviço da nação.

Também fará questão de se encontrar com todas as partes abrangidas no país e "preparar uma reunião para que todas as partes possam ser ouvidas e que resolvamos tudo sem desconfiança entre nós", lê-se na declaração.