A Guiné-Bissau é imune as pressões e chantagens, por outro lado não somos obrigados aceitar um governo de interesses externos que os bandidos e mafiosos da CPLP querem nos impor. Jamais aceitaremos governos teleguiados a partir do exterior.
O que a CEDEAO devia ter feito antes da queda do governo legitimo de Dr. Baciro Djá, era pressionar o Jiló Cipriano Cassamá e os representantes de DSP na comissão permanente da ANP a respeitarem e cumprirem o acórdão do STJ que legitimou o governo de Djá. Se a CEDEAO tivesse feito isso e ameaçasse sancionar os infratores como está ameaçar agora, não estaríamos nesta situação.
A própria comunidade internacional é cúmplice da situação vigente no país, porque alguns representantes da máfia lusófona disfarçados com camisolas de outras equipas, não se conformaram com a decisão do STJ que legitimou o governo de Dr. Baciro Djá e deu razão aos 15 deputados expulsos ilegalmente da ANP. Como Djá não era da conveniência do lobby e da máfia lusófona, pediram-lhe para se demitir do cargo de Primeiro-ministro, afim de permitir a formação de um governo de unidade nacional cujo Primeiro-ministro seria um homem da confiança do referido lobby e grupo mafioso. A reação de Dr. Baciro Djá, não se fez esperar: “Não nos podem dizer que temos que fazer um Governo de unidade nacional, até nos dizem quem deve ser primeiro-ministro desse Governo. Não podemos permitir isso”, defendeu Baciro Djá, chamando atenção do líder militar do país. “Senhor chefe do Estado-Maior General das Forcas Armadas é preciso estarmos atentos”, observou Baciro Djá. Ver noticia
A Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) admitiu hoje aplicar sanções internacionais aos políticos da Guiné-Bissau que coloquem entraves à "implementação harmoniosa" do acordo para acabar com o impasse político no país.
A posição foi hoje transmitida em Bissau por Nabi Bangoura, ministro de Estado e secretário-geral da presidência da Guiné-Conacri, no final da missão de avaliação que a organização enviou a Bissau.
A missão ministerial, que chegou no domingo à capital guineense, foi a Bissau avaliar a aplicação do Acordo de Conacri, instrumento patrocinado pela CEDEAO e assinado em outubro por diferentes atores políticos guineenses, para acabar com a crise no país.
Após as consultas com líderes políticos, sociedade civil e confissões religiosas guineenses, a missão concluiu que o Acordo de Conacri não foi cumprido na sua totalidade.
Nabi Bangoura, que leu um comunicado final da missão da CEDEAO, disse que será recomendado aos chefes de Estado e de Governo que a organização sub-regional aplique "sanções adequadas" a todos os que colocarem entraves à "implementação harmoniosa" do referido acordo.
Segundo o emissário da CEDEAO, os atores políticos guineenses têm assim 30 dias, a partir de hoje, para aplicarem as diretrizes do Acordo de Conacri, que no essencial prevê a formação de um Governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento.
Quatro dos cinco partidos com assento parlamentar não reconhecem o atual Governo, referindo ser de iniciativa do Presidente guineense, José Mário Vaz, a quem exigem que demita Umaro Sissoco Embaló do cargo de primeiro-ministro.
A missão da CEDEAO também exortou os dirigentes e os políticos guineenses a cessarem as declarações incendiárias e o incitamento à clivagem identitária entre os cidadãos, sem citar a quem se referia.
Recentemente, o primeiro-ministro, Umaro Embaló, afirmou que está a ser contestado por ser muçulmano.
A missão exortou também as autoridades a cessarem com as agressões contra os cidadãos que se manifestarem de forma pacífica contra a situação política no país.
A organização da África Ocidental referiu ter indicado às autoridades guineenses que a "força de interposição" estacionada em Bissau na sequência do golpe de Estado de abril de 2012 poderá ser retirada entre 28 de abril e 30 de junho deste ano.
A missão liderada pela chefe da diplomacia da Libéria, Marjon Kamará, vai agora informar o Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, mediador da crise guineense proposto pela CEDEAO, sobre a situação da Guiné-Bissau.
MB // ROC