segunda-feira, 3 de julho de 2017

ONU MUITO PREOCUPADA COM EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU - ANTÓNIO GUTERRES???????

Se a hipocrisia matasse, António Guterres(na foto a esq.), atual Secretário Geral das Nações Unidas, já não estaria entre nós, mas sim no inferno, isso mesmo no inferno. António Guterres, não é amigo da Guiné-Bissau, para aqueles que não sabem ou não se lembram, foi o governo de António Guterres que financiou  à junta militar, deu apoio diplomático, logístico e  forneceu telefones satélites aos homens de Ansumane Mané. Portanto quando diz que está preocupado com a situação do nosso país, das duas uma, ou está a gozar connosco ou arrependeu-se do contributo que deu para desestabilização da Guiné-Bissau, ou seja, está com peso na consciência. As cíclicas  crises politicas que teimam em não deixar o nosso país desde   a guerra de 07 de Junho de 1998 até então, são consequências dessa guerra que vitimou milhares de guineenses e destruiu o país em todos aspetos, em boa verdade, foi essa guerra que mergulhou o país no caos até a data presente.

De recordar que Portugal regozijou-se com a queda do Nino na guerra de 07 de
Junho de 1998 , julgando que passaria a controlar a Guiné e a ditar as regras, nessa altura muitos governantes portugueses não esconderam a alegria, "Tenho ao meu lado o homem (Ansumane Mané) que foi o grande artífice dessa vitória militar" - A frase pertence a Jaime Gama, na altura Ministro português dos Negócios Estrangeiros, durante uma conferência de imprensa conjunta, e antes de Ansumane Mané ser condecorado pelo Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, sob proposta do Governo de António Guterres, atual Secretário Geral das Nações Unidas. Uma vitória militar que 20 anos depois nada mudou,  pelo contrário as coisas pioraram. Portanto Queremos saber porque é que um país democrático como Portugal que defende a paz, estabilidade política, democracia e direitos humanos, condecorou, Ansumane Mané,  líder da rebelião que dizimou milhares de vidas e destruiu o país?

Compreendemos a vossa fúria pela suspensão das emissões da RDP e RTP África no nosso país, visto que eram os órgãos que usavam para propaganda, desinformação, campanha negativa contra a Guiné-Bissau,  insultos e falta de respeito as instituições da República e governantes que não se alinham nas vossas negociatas etc.. Pedimos ao governo da Guiné-Bissau, que não ceda as pressões e chantagens do governo português e críticas de algumas figuras lusas. De recordar que as medidas do género foram tomadas recentemente em angola, ou seja, os canais da SIC(TV Portugal), foram banidos em angola, mas ninguém em Portugal, teve ousadia de  levantar a voz contra essa medida. Guiné Kila muda! Por: Bambaram di Padida.

A Guiné-Bissau não está em guerra e independentemente do bloqueio institucional, os Direitos Fundamentais dos cidadãos têm sido respeitados na generalidade.

Hoje as notícias internacionais deram a conhecer que um indivíduo em França tinha sido detido por ameaçar, num canal de jogos, assassinar o Presidente francês.

Em Portugal vimos estudantes e cidadãos com processos judiciais, por alegadamente dirigirem palavras menos abonatórias ao ex-Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho... e ao ex Presidente da República Prof. Aníbal Cavaco Silva, porém ninguém falou em atentados aos Direitos Fundamentais em nenhum dos casos.

Na Guiné-Bissau, independentemente de discordarmos com o actual Presidente da República, eleito pelo povo guineense, somos testemunhos de quantas ameaças explícitas ou implícitas à sua vida e à dos seus familiares têm sido feitas; tanta maledicência que tem sido alvo, por pessoas e canais devidamente identificados, porém, ninguém foi perseguido, detido, ou levado à Justiça por via disso.

Sejamos honestos, mesmo discordando de algo ou de alguém.

Afinal, de que liberdades falamos perante casos similares?

Positiva e construtivamente.
Didinho 03.07.2017


03 Jul 2017(Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, considerou hoje que a ONU tem vindo a acompanhar "com grande preocupação" a crise política na Guiné-Bissau, país que na sexta-feira suspendeu a atividade da RTP e da RDP.

"Acompanhamos com grande preocupação a situação na Guiné-Bissau, desejando que o país possa encontrar o caminho da paz, da democracia e do respeito pelos direitos Humanos. E que se transforme num fator de estabilidade na região", disse António Guterres, numa conferência de imprensa conjunta com o Ministro dos Negócios Estrangeiros português, em Lisboa.

Questionado especificamente pela decisão do Governo guineense de suspender a atividade da RTP, da RDP e da Agência Lusa (mais tarde revogada em relação à Lusa) no país, Guterres disse: "Por isso mesmo, tudo quanto possa pôr em causa esse caminho a ONU vê com grande preocupação".

Já o Governo português, disse o ministro Augusto Santos Silva, tem vindo a acompanhar de perto a situação desde o final da semana passada.

"A situação já foi revista em relação à agência Lusa, mas ainda não foi em relação às emissões da RTP e da RDP. Nós consideramos que a permanência da proibição representa um atentado contra a liberdade de imprensa e contra o direito dos guineenses à informação", disse o MNE português.

No entanto, Santos Silva disse que o Governo português tem "esperança que o bom senso impere e a decisão seja revista".

"Tanto mais que hoje todos nós sabemos que os motivos invocados carecem de fundamento, visto que o Governo português dispôs-se a rever o Acordo e o Protocolo de Cooperação [no domínio da Comunicação Social]. Estamos a trabalhar nesse sentido e não há aqui nenhuma questão técnica em causa", completou.

Santos Silva afastou ainda a possibilidade de, neste momento, o incidente vir a afetar a cooperação bilateral.

"A posição de Portugal tem sido sempre, e continuará a ser, de manter até ao limite as relações e os programas conjuntos de cooperação. Porque nós nunca nos esquecemos que quem é penalizado por problemas no relacionamento bilateral, em última instância, são as populações. E nós não queremos penalizar as populações", realçou o ministro.

Na sexta-feira, o ministro da Comunicação Social guineense, Vítor Pereira, anunciou a suspensão das atividades da RTP, da RDP e da agência Lusa na Guiné-Bissau, alegando a caducidade do acordo de cooperação no setor da comunicação social assinado entre Lisboa e Bissau.

No entanto, posteriormente, anunciou que o Governo guineense recuou na decisão de suspender a atividade da agência Lusa naquele país, mantendo-se a decisão no caso da RTP e RDP.

Um dia depois, o ministro guineense convocou nova conferência de imprensa, em que justificou que a decisão de suspensão das atividades da rádio e televisão portuguesas no país "não é uma questão política, mas apenas técnica"


NVI // VM