segunda-feira, 30 de julho de 2018

CONGRESSISTAS DOS EUA PEDEM QUE BRASIL APRESENTE PROVAS CONTRA LULA

Clique em ler mais e Confira na integra a carta (em inglês).

O Congresso dos Estados Unidos enviou na quinta-feira (26) ao embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Silva do Amaral, uma carta, assinada por 29 congressistas, pedindo explicações do governo brasileiro sobre a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No documento, os parlamentares dizem se unir a vozes de outros líderes mundiais, como os presidentes do Chile e da França, além do primeiro ministro espanhol.

Segundo o pedido dos integrantes do Parlamento norte-americano, as acusações contra Lula não foram provadas. O processo judicial responsável pela prisão do petista é chamado de “altamente questionável e político, levando a crer que o único motivo de sua prisão é prevenir a candidatura do ex-presidente nessas eleições”. No texto, os parlamentares dizem ainda que a luta contra a corrupção não deve ser usada como justificativa para perseguir oponentes políticos.

Em outra parte da carta, o grupo se mostra preocupado com a violação dos direitos humanos, citando a morte da vereadora do PSOL Marielle Fraco e os assassinatos de defensores ambientais no país. Pedem também ao Brasil que facilite uma investigação independente no assassinato da vereadora.


Os congressistas falam ainda sobre a Emenda Constitucional do tecto de gastos, instituída pelo presidente Michel Temer. “Desde que assumiu o poder através do processo de impeachment, o presidente Temer em governo de extrema-direita instituiu o congelamento de gastos, cortando importantes investimentos em programas vitais de saúde e educação, um ataque aos trabalhadores”, diz o texto.

Ao final do documento, os congressistas fazem um apelo para que as autoridades judiciais e politicas brasileiras garantam eleições justas e protecção aos direitos humanos no país.


Fonte: Metrópoles 

Confira na integra a carta (em inglês):




Leia também: Bernie Sanders e 28 outros congressistas norte-americanos querem Lula livre 
A carta lê que a 'luta contra a corrupção não deveria ser usada para justificar a perseguição à oponentes políticos'


Um grupo de 29 congressistas norte-americanos, incluindo o Senador e o ex-candidato à presidência Bernie Sanders, enviará uma carta, na quinta-feira, ao embaixador brasileiro em Washington, Sergio Amaral, denunciando a prisão “altamente questionável e politizada” do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva.

A carta declara que “a luta contra a corrupção não deveria ser usada para justificar a perseguição à oponentes políticos ou negar seu direito de participar de eleições”.

Descrevem a condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro como sendo baseada em “acusações sem provas”. Também apontou que membros do serviço de segurança do estado podem estar envolvidos na morte da ativista negra e deputada carioca, Marielle Franco.


Sanders e outros legisladores norte-americanos caracterizam a presidência imposta de Michel Temer como sendo da “extrema direita” e que foi instalada entre “ataques intensificados contra a democracia e aos direitos humanos no Brasil”. A carta ainda critica cortes nos programas sociais e a destruição das leis trabalhistas sob a vigilância de Temer.

Enquanto isso, ao menos 15.000 membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) marcharam pela capital de Sergipe, Aracaju, em uma demonstração de apoio à Lula no Dia Nacional do Trabalhador Rural. Eles demandaram que o ex-presidente seja liberado da prisão e que sua candidatura à presidência nas eleições de outubro seja autorizada.

A notícia vem algumas semanas depois de dois juízes ordenarem a suspensão da soltura do ex-presidente depois da decisão de um outro juiz.

Mesmo com sua condenação e aprisionamento por corrupção, eventos que muitos experts e observadores atribuem à uma obscena campanha da mídia tradicional, Lula está no topo de todas as pesquisas eleitorais de 2018 conduzidas pelo Vox Populi, Ibope, Datafolha, Data Poder 360, Instituto Paraná, a Confederação Nacional de Transportes/MDA e Ipsos.

Seus dois mandatos foram marcados por muitos programas sociais, tirando milhões de brasileiros da pobreza e removendo o país do Mapa Mundial da Fome da ONU. Ele deixou o cargo com uma taxa de aprovação de 83% em 2011, de acordo com o Datafolha.