quinta-feira, 26 de julho de 2018

GREVE DA FUNÇÃO PÚBLICA: PRIMEIRO-MINISTRO CONSIDERA DE “ASSASSINATO” A RECUSA DE PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA NO HOSPITAL

Caro Primeiro-Ministro, Aristides Gomes, mais conhecido por Papú, as suas declarações visam apenas sacudir a água do capote e atirar areia aos olhos dos guineenses menos atentos. Para nós, o esbanjamento de fundos públicos sem melhoria das condições dos funcionários públicos, saneamento, infraestruturas, escolas, hospitais, etc, etc, é um autêntico crime, ou seja, um assassinato em massa.

De recordar que o Governo liderado por Aristides Papú, prepara-se para mandar comprar viaturas para ministros e secretários de Estado, num valor de 270 milhões de francos CFA (cerca de 411 mil euros) e ainda ter gasto, em três meses de governação, cerca de 300 milhões de francos CFA (cerca de 458 mil euros) "só em viagens". Além de levantamento de milhões que fez recentemente na Petroguin 779.358.000 francos CFA, 500.000.000 francos CFA na ARN e 200.000.000
francos CFA na CNC.

Bissau, 26 Jul 18 (ANG) – O primeiro-ministro considerou  quarta-feira de “assassinato” a recusa de prestação de assistência no hospital nacional Simão Mendes, devido a  greve da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) .

Citado pela Rádio “Sol Mansi”, Aristides Gomes, em declarações à imprensa antes da sua deslocação à vizinha Guiné-Conacri, disse que felizmente as reivindicações da UNTG não têm apoio da maioria dos trabalhadores e que há uma tentativa de forçar a situação.

“Nós vimos que as greves que se fizeram até agora não obtiveram o apoio da massa dos trabalhadores e que é incontestável a existência da recusa da assistência medica as pessoas em situação de perigo”, referiu.


O chefe do executivo, convidou os guineenses a reflectir sobre a natureza das greves para determinar sectores políticos do país que no momento estão interessados em actividades sindicais.

Disse que o governo que dirige é de consenso, cuja missão principal é organizar as eleições, por isso não  devia haver motivos para as reivindicações. 

Aristides Gomes disse que não é verdade que o governo tenha aumentado algum subsídio. “Não houve aumento nenhum. Há uma desinformação total, o reajuste salarial não tem nada a ver com subsídio de representação", disse.

O Primeiro-ministro salientou que o reajuste salarial significa justiça na atribuição dos salários, em que as pessoas da mesma categoria devem ter uma base salarial igual.

“Portanto o subsídio é algo estreitamente legal no quadro das estruturas de salário dos funcionários”, referiu.

Por outro lado,  Aristides Gomes considera de infundada a acusação de que o seu gabinete dispõe de conselheiros em número superior ao da presidencia da República.

 ANG/LPG/ÂC//SG