Um dos Coordenadores do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Úmaro Sissoco Embaló, advertiu hoje, 15 de agosto 2018, que se as eleições legislativas agendadas para 18 de novembro falharem, o MADEM-G 15 avançará para formação de um novo governo com dirigentes da sua formação política, logo no dia 19 de novembro.
Advertência do ex-primeiro-ministro, Úmaro Sissoco Embaló, foi feita à margem de uma conferência de imprensa realizada em Bissau, para anunciar a militância dos dirigentes do extinto Partido Socialista (PS), Secuna Baldé e Joaquim Baldé, presidente e secretário-geral respetivamente, bem como do empresário, Rui Mandinga, que decidiram aderir ao MADEM-G 15.
Na ocasião, Sissoco referiu que não havendo eleições na data prevista a responsabilidade será do atual governo liderado por Aristides Gomes, “uma vez que sua missão é apenas realizar as eleições legislativas”.
Avisa, no entanto, que um dos desafios do seu movimento “é de levar o PAIGC à oposição com 51 deputados elegidos pelo MADEM-G15”, tendo pedido aos potenciais eleitores a não apoiarem o PAIGC, porque, segundo disse, apoiar os libertadores “é cúmplice em deixar o país onde está”.
“Chegou a hora de dizermos ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) basta, não conseguiram fazer nada durante 40 anos e continua a pedir mais chance”, notou ex-chefe do governo.
O ex-secretário do partido socialista, Joaquim Baldé, explicou, por sua vez, que decidiu afastar-se da militância dos Socialistas, porque esta formação política “partilha as mesmas ideologias que o PAIGC”.
Revela, contudo, que deixou de ter ligação com PS, desde 13 de agosto 2018, sustentando que tomou a decisão de se militar no MADEM – G 15,” por comungar a mesma convicção que o Movimento para Alternância Democrática”.
Por seu lado, o antigo presidente do partido Socialista, Secuna Baldé, disse que decidiu avançar para a Alternância Democrática para que o futuro dos seus filhos não seja adiado.
O Empresário, Rui Mandinga, reconhece que terão que enfrentar muitos desafios pela frente, por isso “é necessário muito trabalho para que o país possa desenvolver-se e ser respeitado”.
“Acreditamos na liderança do projeto MADEM-G15, porque tem dirigentes à altura dos desafios, com dignidade e o projeto consciente”.
Por: Epifania Mendonça
Foto: E.M