sexta-feira, 17 de agosto de 2018

SAÚDE: “GUINÉ-BISSAU SEM MÍNIMAS CONDIÇÕES PARA TRATAMENTO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES”, ALERTA O CARDIOLOGISTA MÁRIO GOMES

Bissau, 17 ago 18 (ANG) – O médico cardiologista guineense afirmou que o país não dispõe de mínimas condições para tratamento de doenças cardiovasculares, cujos casos estão a aumentar nos últimos tempos na Guiné-Bissau. 

Imagem Ilustrativo
Mário Gomes, em declarações  à Rádio Pindjiguiti, explicou que, não obstante o país possuir médicos competentes na matéria, mas em termos de equipamentos não têm nada para tratar doentes com esta patologia.

 “O que nos ajuda é a experiência clínica e algumas reciclagens feitas através da internet. Por isso a maioria dos doentes são evacuados para Portugal porque o país tem apenas cerca de 30 por cento de possibilidades, que são  poucas para  remediar a doença“, explicou.

Gomes frisou que com as constantes instabilidades na Guiné-Bissau vai ser difícil ultrapassar esta triste realidade e que ninguém tem tempo para reciclar os profissionais da área.

“Contudo, não baixamos os braços porque temos feitos contactos e há pouco tempo fala-se de aquisição de um espaço médico onde os técnicos passarão a trocar experiências e conhecimentos no que toca ao tratamento da doença”, disse.

Mário Gomes informou que se tudo correr bem e com a colaboração do Hospital Nacional Simão Mendes, ainda este mês, essa iniciativa pode se tornar uma realidade, lembrando que mesmo os medicamentos de dores de coração  são escassos no país, e que os que existem são  muito caros.

O médico cardiologista afirmou que é urgente e bem-vinda quem tiver um projecto de abrir uma clinica de cardiologia de ponta na Guiné-Bissau, apesar de ser muito custoso.

Declarou ainda que esta doença preocupa os africanos em geral salientando que existe uma organização na sub-região que luta contra ela, porque nota-se que as doenças cardiovasculares estão a alcançar por exemplo o paludismo, a sida, cólera em termos de numero e  mortes e segundo Mariote a doença constitui principal causa de morte dos dirigentes africanos.  

ANG/MSC/ÂC//SG