Vários partidos da Guiné-Bissau mostraram-se hoje céticos sobre o início do recenseamento previsto para quinta-feira e pediram ao chefe de Estado, José Mário Vaz, que questione o primeiro-ministro sobre o que se passa.
O ceticismo em relação ao arranque do recenseamento eleitoral, foi manifestado pelo Movimento Guineense Democrático (MGD), através de uma nota à imprensa, e Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15), numa conferência de imprensa.
Tomás Barbosa, antigo ministro, e Alassana Queita, quadro sénior do Madem, questionaram hoje a “isenção do primeiro-ministro” Aristides Gomes na preparação das eleições legislativas marcadas para 18 de novembro, sobretudo a forma como têm sido conduzidos os atos prévios.
Os dois dirigentes denunciaram uma alegada exoneração, pelo Governo, dos elementos das brigadas do recenseamento eleitoral, sendo substituídos por “pessoas fornecidas pelo PAIGC” (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde).
“Temos um processo controlado quase a 100% pelo PAIGC”, observou Alassana Queita.
A 48 horas da data prevista para o início do recenseamento eleitoral, o Madem quer saber como será possível avançar se ainda não chegaram ao país os 300 ‘kits’ de registo que devem ser fornecidos pela Nigéria, o Governo disse ter falta de verbas e ainda com os trabalhos da cartografia por concluir, enfatizam.
Tomás Barbosa denuncia, por outro lado, uma alegada exclusão de partidos políticos na condução do processo eleitoral daí que chamam a atenção à comunidade internacional e ao Presidente guineense, José Mário Vaz, no sentido de “perguntarem ao primeiro-ministro sobre o que se passa”, disse.
“Sem a presença de partidos legalizados neste processo, tudo isso não será credível. Isso não é bom para o país”, avisou Tomás Barbosa.
No mesmo diapasão, o MGD, liderado pelo jornalista Umaro Djau, profissional na cadeia televisiva norte-americana CNN, questiona as autoridades de Bissau sobre os preparativos para a ida às urnas, afirmando ter já ouvido vários pronunciamentos do primeiro-ministro, Aristides Gomes, algumas das quais a indiciarem a possibilidade de as eleições serem adiadas.
Aquela formação política quer, sobretudo, perceber como será feito o recenseamento de potenciais eleitores, lembrando desde logo, que a lei guineense prevê que todos os cidadãos com capacidade eleitoral ativa devem ser registados para poderem votar, estejam no país ou nas comunidades no estrangeiro.
O MGD exige um esclarecimento do Governo e das instituições de administração eleitoral sobre os países na diáspora onde decorrerá o recenseamento eleitoral, salientando ser da lei que os partidos ou coligações aí existentes possam ser integrados nas equipas criadas para que possam fiscalizar todo processo.
Fonte: Lusa, https://www.dn.pt
O ceticismo em relação ao arranque do recenseamento eleitoral, foi manifestado pelo Movimento Guineense Democrático (MGD), através de uma nota à imprensa, e Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15), numa conferência de imprensa.
Tomás Barbosa, antigo ministro, e Alassana Queita, quadro sénior do Madem, questionaram hoje a “isenção do primeiro-ministro” Aristides Gomes na preparação das eleições legislativas marcadas para 18 de novembro, sobretudo a forma como têm sido conduzidos os atos prévios.
Os dois dirigentes denunciaram uma alegada exoneração, pelo Governo, dos elementos das brigadas do recenseamento eleitoral, sendo substituídos por “pessoas fornecidas pelo PAIGC” (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde).
“Temos um processo controlado quase a 100% pelo PAIGC”, observou Alassana Queita.
A 48 horas da data prevista para o início do recenseamento eleitoral, o Madem quer saber como será possível avançar se ainda não chegaram ao país os 300 ‘kits’ de registo que devem ser fornecidos pela Nigéria, o Governo disse ter falta de verbas e ainda com os trabalhos da cartografia por concluir, enfatizam.
Tomás Barbosa denuncia, por outro lado, uma alegada exclusão de partidos políticos na condução do processo eleitoral daí que chamam a atenção à comunidade internacional e ao Presidente guineense, José Mário Vaz, no sentido de “perguntarem ao primeiro-ministro sobre o que se passa”, disse.
“Sem a presença de partidos legalizados neste processo, tudo isso não será credível. Isso não é bom para o país”, avisou Tomás Barbosa.
No mesmo diapasão, o MGD, liderado pelo jornalista Umaro Djau, profissional na cadeia televisiva norte-americana CNN, questiona as autoridades de Bissau sobre os preparativos para a ida às urnas, afirmando ter já ouvido vários pronunciamentos do primeiro-ministro, Aristides Gomes, algumas das quais a indiciarem a possibilidade de as eleições serem adiadas.
Aquela formação política quer, sobretudo, perceber como será feito o recenseamento de potenciais eleitores, lembrando desde logo, que a lei guineense prevê que todos os cidadãos com capacidade eleitoral ativa devem ser registados para poderem votar, estejam no país ou nas comunidades no estrangeiro.
O MGD exige um esclarecimento do Governo e das instituições de administração eleitoral sobre os países na diáspora onde decorrerá o recenseamento eleitoral, salientando ser da lei que os partidos ou coligações aí existentes possam ser integrados nas equipas criadas para que possam fiscalizar todo processo.
Fonte: Lusa, https://www.dn.pt