O silêncio ensurdecedor dos cães raivosos da CPLP é incompreensível. Enfim! Guiné i lubu ku kema costa.
A situação em Cabo Delgado não está calma como parece. Na noite da última quinta-feira, registou-se o ataque mais mortífero na aldeia de Pequiué, posto administrativo de Quitarejo, a cerca de 70 km da vila-sede do distrito de Macomia. Os criminosos, em número não especificado, invadiram o local por volta das 21h30 e atacaram durante uma hora, deixando dez mortos, 14 feridos e mais de 50 casas incendiadas.
A população conta que o grupo evoluiu na sua actuação, pois parte significativa dos integrantes portava armas de fogo do tipo AKM, contrariamente aos casos reportados anteriormente, em que usavam mais catanas que armas de fogo.
Na ocorrência de Pequiué, os relatos que colhemos no terreno com exclusividade estão mais próximos da realidade, porque, quando se registou a invasão, havia um casamento na aldeia que tinha atraído muitos habitantes e, sendo noite de luar, conseguiram ver com mais nitidez os integrantes do grupo de terroristas.
“Primeiro, dispararam para o ar, de longe e ficaram uns dez minutos. Queriam ver se haveria uma resposta ou não. Depois, entraram na aldeia e começaram a disparar contra as pessoas”, contou Aly Abomar, secretário da aldeia de Pequiué.
O nosso entrevistado lembrou que, por causa da onda de violência terrorista nos distritos de Macomia, Palma, Mocímboa da Praia e outros, pediram armas ao Governo para autodefesa, mas a pretensão não foi satisfeita. “Nós morremos por causa da resistência, porque não queríamos que nenhum desses malfeitores entrasse aqui na nossa aldeia. Antes, pedimos armas para a defesa da nossa aldeia, mas como não fomos considerados, não tivemos nenhuma arma. Ficamos a vigiar com arcos e flechas, catanas e bengalas”, lamentou.
“Antigamente, dizíamos que eles não tinham armas, mas desta vez vinham com armas, eu vi”, disse um dos aldeões que teve a sua casa queimada, o qual escapou porque fugiu de casa mal se apercebeu da entrada dos estranhos.
O filho de Cassimo Chande, outra fonte, faz parte do grupo de 14 feridos. “O meu filho foi baleado na mão e a bala não saiu. Assim, está internado no hospital de Mueda”.
Tal como dissemos acima, o clima de guerra continua em Cabo Delgado. No dia 23 de Agosto, a aldeia de Ilala foi atacada, tendo havido dois mortos, e no dia 7 de Setembro houve mais uma acção dos criminosos na aldeia de Namaneco, sem mortos. Os dois casos ocorreram no mesmo distrito de Macomia.
Em conversa com alguns militares que estão na frente de combate, soubemos que uma das dificuldades para estancar a violência é a falta de colaboração de muitas comunidades, porque em alguns casos há familiares seus recrutados peles terroristas. Outra informação importante indica que os atacantes invadem aldeias onde há jovens que na tentativa de os recrutar não aceitaram ou apenas receberam o dinheiro de aliciamento, mas não alinharam.
“Por isso, quando chegam a uma aldeia procuram saber da casa do fulano que eles já têm na lista, matam e queimam as casas”, confidenciou-nos um militar que comanda uma das posições em Quitarejo. Uma revelação que pode explicar o facto de, desde que começaram os ataques em Cabo Delgado, em Outubro do ano passado, as vítimas mortais serem homens, particularmente jovens.
A população conta que o grupo evoluiu na sua actuação, pois parte significativa dos integrantes portava armas de fogo do tipo AKM, contrariamente aos casos reportados anteriormente, em que usavam mais catanas que armas de fogo.
Na ocorrência de Pequiué, os relatos que colhemos no terreno com exclusividade estão mais próximos da realidade, porque, quando se registou a invasão, havia um casamento na aldeia que tinha atraído muitos habitantes e, sendo noite de luar, conseguiram ver com mais nitidez os integrantes do grupo de terroristas.
“Primeiro, dispararam para o ar, de longe e ficaram uns dez minutos. Queriam ver se haveria uma resposta ou não. Depois, entraram na aldeia e começaram a disparar contra as pessoas”, contou Aly Abomar, secretário da aldeia de Pequiué.
O nosso entrevistado lembrou que, por causa da onda de violência terrorista nos distritos de Macomia, Palma, Mocímboa da Praia e outros, pediram armas ao Governo para autodefesa, mas a pretensão não foi satisfeita. “Nós morremos por causa da resistência, porque não queríamos que nenhum desses malfeitores entrasse aqui na nossa aldeia. Antes, pedimos armas para a defesa da nossa aldeia, mas como não fomos considerados, não tivemos nenhuma arma. Ficamos a vigiar com arcos e flechas, catanas e bengalas”, lamentou.
“Antigamente, dizíamos que eles não tinham armas, mas desta vez vinham com armas, eu vi”, disse um dos aldeões que teve a sua casa queimada, o qual escapou porque fugiu de casa mal se apercebeu da entrada dos estranhos.
O filho de Cassimo Chande, outra fonte, faz parte do grupo de 14 feridos. “O meu filho foi baleado na mão e a bala não saiu. Assim, está internado no hospital de Mueda”.
Tal como dissemos acima, o clima de guerra continua em Cabo Delgado. No dia 23 de Agosto, a aldeia de Ilala foi atacada, tendo havido dois mortos, e no dia 7 de Setembro houve mais uma acção dos criminosos na aldeia de Namaneco, sem mortos. Os dois casos ocorreram no mesmo distrito de Macomia.
Em conversa com alguns militares que estão na frente de combate, soubemos que uma das dificuldades para estancar a violência é a falta de colaboração de muitas comunidades, porque em alguns casos há familiares seus recrutados peles terroristas. Outra informação importante indica que os atacantes invadem aldeias onde há jovens que na tentativa de os recrutar não aceitaram ou apenas receberam o dinheiro de aliciamento, mas não alinharam.
“Por isso, quando chegam a uma aldeia procuram saber da casa do fulano que eles já têm na lista, matam e queimam as casas”, confidenciou-nos um militar que comanda uma das posições em Quitarejo. Uma revelação que pode explicar o facto de, desde que começaram os ataques em Cabo Delgado, em Outubro do ano passado, as vítimas mortais serem homens, particularmente jovens.
Fonte: http://opais.sapo.mz