quinta-feira, 6 de setembro de 2018

SINDICATOS DE PROFESSORES ANUNCIAM FIM DE PACTO DE ESTABILIDADE COM GOVERNO


Os dois sindicatos do sector educativo guineense, Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF) e Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF), anunciaram publicamente esta terça-feira, 04 de setembro de 2018, o fim de pacto de estabilidade com governo, que permitiu a estabilização e normal funcionamento das aulas nas escolas públicas durante ano letivo 2017/2018.
O anúncio foi transmitido pelo presidente do Sindicato Democrático dos Professores (SINAPROF), Laureano Pereira, em conferência de imprensa conjunta realizada em Bissau. Laureano Pereira informou que os dois sindicados cumpriram “na íntegra” o acordo de estabilidade no sector educativo assinado em dezembro do ano passado, entre governo e classe docente.
Neste sentido, Laureano Pereira exortou ao governo para liquidar a dívida estimada em mais de 400 milhões de francos CFA e a implementação do estatuto da carreira docente, caso contrário, ameaça comprometer o início de ano letivo 2018/2019. O líder do SINDEPROF exige ainda que o governo coloque  em mãos dos professores ferramentas necessárias para que possam estar a passos iguais com o diário do mundo, atendendo que as exigências atuais impõem  o domínio obrigatório da nova tecnologia.
“Estatuto de carreira docente não beneficia apenas os professores, mas sim é uma forma de melhorar ensino de qualidade tanto no aspecto pedagógico como financeiro. Não há promoção na função pública guineense de maneira que estatuto de carreira docente é um regime especial para os professores, mas até então não houve a sua aplicabilidade, tendo em conta a conjuntura política que o país tem vivido até aqui”, notou Laureano Pereira.
Em representação do Presidente de Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), Bunghoma Duarte Sanhá, revelou que as reivindicações dos professores sobre as dívidas e implementação da carreira docente ainda não foram cumpridas na sua totalidade. Sendo assim, avançou que “os dois sindicatos não vão cruzar braços” e vão continuar a lutar para fazer valer seus direitos, ou seja, até que as suas reivindicações sejam atendidas.
 
 
Por: Aguinaldo Ampa