quinta-feira, 6 de setembro de 2018

TEIMAM EM QUERER ENGANAR ESTA JUVENTUDE, MAS ENGANAM-SE. OS TEMPOS SÃO OUTROS E OS JOVENS SÃO OUTROS..

Por: Ussumane Grifom Camará, via facebook

AS FALÁCIAS DO GERALDO MARTINS E OS SEUS INSULTOS A NOSSA INTELIGÊNCIA COLETIVA

O agora militante do PAIGC, ex- Ministro das Finanças do governo do mesmo, Geraldo Martins vem mais uma vez insultar a nossa inteligência coletiva. Podia ser perdoável se o ilustre Geraldo, em nome do seu partido, em bom tom nos convidasse à princípio de "co-responsabilidade inevitável" de que tanto falou o pensador brasileiro Augusto Cury e na lógica de enterrar o passado que nos assombra a todos mas principalmente o PAIGC. Nisso sim, pela Guiné-Bissau estaríamos disponíveis a esse sacrifício. Mas tentar partilhar a responsabilidade na tentativa de a culpa morrer solteira não é digno de um cidadão que outrora pregava moral e ética como princípios basilares.

No entanto, sou dos guineenses que talvez mais argumentam que a responsabilidade da nossa desgraça sobretudo no que tange a construção e a edificação do Estado e suas instituições, da democracia e do império da lei se deve exclusivamente ao PAIGC e mais ninguém. Isto se deve ao fato do que o PAIGC governou sozinho a Guiné-Bissau pós-independencia por quase vinte anos (1975-1994) tempo suficiente para construir uma Estado forte e credível (e não homens fortes) alicerçada nas leis. A Guiné-Bissau falhou como Estado nessa época da sua história (1975-1994) e só vem piorando nos dias que a esse tempo se seguem.


Outrossim, de abertura multipartidária em 1992 e consequentemente as primeiras eleições democráticas de 1994 a essa parte, o país organizou cinco (5) eleições legislativas e quatro (4) delas foram vencidas pelo PAIGC ou seja são dezasseis (16) anos entregues ao seu partido que somados aos vinte anteriores são trintas e seis, tirando vossas participações em transições e governos de pactos que são do conhecimento geral. Portanto, nessa lógica lhe convido, ilustre Geraldo, a rever seus quadros estatísticos porém as porcentagens por si avançada não refletem a realidade que nós, tanto quanto você, conhecemos!

Para não esquecer de um elemento importante: todas as crises políticas que Guiné-Bissau viveu até hoje são frutos das cíclicas crises interna do PAIGC, umas chegaram a levar o país a conhecer os assassinatos (caso Malam Sanhá, 17 de Outubro, Robaldo de Pina, Nicandro Barreto... e os mais recentes como do Nino Vieira, Tagme Na Waie, Baciro Dabó, Hélder Proença, Iaia Dabó, Roberto Cacheu, Samba Djaló entre outros) e uma sangrenta guerra, a de 07 de Junho de 1998.

Perante os fatos, não tenho mais nada a concluir a não ser responsabilizar o PAIGC por ser o ÚNICO que desgraçou a Guiné-Bissau.

Se o PAIGC tivesse pautado pela construção de Estado democrático e do direito; se não tivesse introduzido, na Guiné-Bissau, a corrupção, o nepotismo, o clientelismo, o facilitamos, a impunidade etc... e não os sustentam até hoje, o nosso país já é outra coisa: não o quinto mais pobre do mundo! A Guiné-Bissau tinha tudo para ser diferente do que é.

Obs. Sobre o mais bairro Cuntum Madina só lhe digo: a resposta está bem explícita no texto que acabou de ler. Mantenhas