A
greve no ensino geral na Huíla e as ameaças de que estão a ser alvo os
professores para que retomem as aulas dominaram a preparação da conferência
provincial da Juventude Unida Revolucionária de Angola (Jura), que elegeu 10
delegados ao congresso da organização, que se realiza este fim-de-semana.
O
secretário provincial da Jura Félix Kuenda revela que o consumo excessivo de
álcool por parte dos jovens é outra das questões a serem levadas ao conclave.
“Estamos
preocupados hoje com a questão relacionada com a greve dos professores, é um
aspecto que naturalmente atinge directamente a juventude. Estamos também
preocupados com o índice elevado de jovens que anualmente terminam níveis
académicos e que posteriormente não têm acesso ao emprego. Hoje, na nossa
província, e em particular na nossa cidade do Lubango, assistimos a uma
situação que deixa muito a desejar, os jovens têm o alcoolismo como o único
elemento de diversão”.
O
secretário interino da UNITA Zacarias Benjamim Kanucu destacou na ocasião o
papel e a força dos jovens no processo de democratização.
Benjamim
Kanucu, aproveitou a ocasião para proferir críticas ao partido no poder quanto
a postura deste face a greve no sector da educação.
As
críticas da Unita surgem na sequência de um comunicado do MPLA lido há dias na
emissora oficial local, que exige os professores com menos de cinco anos de
carreira terminem a greve sob ameaça de despedimento.
Segundo
o mesmo comunicado, ao aderirem à greve os aludidos docentes estarão a agir à
margem da lei por não terem o tempo suficiente de vínculo com o Estado. Fonte: Voz da América