Jerusalém, 20 jul (Lusa) – Pelo menos 13 soldados israelitas da brigada Golani morreram esta madrugada no decorrer dos combates no bairro Charjaya, na zona leste da cidade de Gaza, segundo a agência EFE, numa incursão que fez ainda 50 feridos.
De acordo com a EFE, entre os mortos podem estar dois comandantes da brigada Golani.
O número de mortos já foi confirmado, em comunicado oficial, pelo exército israelita, que admitiu a morte de 13 soldados e 50 feridos em consequência de confrontos com milícias palestinianas em Charjaya.
De acordo com fontes militares, a brigada Golani entrou numa rua de Gaza na qual se deparou com disparos massivos de foguetes antitanque, granadas e armas automáticas.
Parte das vítimas morreu devido ao impacto de uma granada antitanque contra um veículo blindado ‘Namer’, um dos mais sofisticados do exército.
Noutro ataque, um foguete antitanque atingiu uma sala de operações avançadas da Golani em Shahaiya.
O exército israelita, que ainda não difundiu a identificação das vítimas, já notificou os familiares das vítimas, que estão a ser identificadas por equipas forenses.
As forças armadas israelitas estão desde a manhã de hoje a bombardear a Faixa de Gaza por terra, ar e mar.
Com as mortes de hoje eleva-se para 18 o número de soldados israelitas já mortos desde que Israel lançou a ofensiva contra Gaza, na passada quinta-feira, sendo o número de baixas militares mais elevado desde a guerra do Líbano em 2006, recordou a AFP.
Do lado palestiniano, acrescenta a AFP, morreram hoje pelo menos 87 pessoas, transformando o dia de hoje no mais sangrento do conflito israelo-palestiniano em cinco anos.
Já morreram 425 pessoas na Faixa de Gaza e, de acordo com um porta-voz palestiniano para os serviços de emergência, mais de um terço eram mulheres e crianças.
A AFP avançou também hoje que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse hoje que tenciona viajar em breve para o Médio Oriente, admitindo que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lhe poderá pedir ainda este domingo para "partir imediatamente".
Também hoje John Kerry culpou o movimento Hamas pela continuação do conflito em Gaza, dizendo que os militantes islamitas estão a recusar todos os esforços de cessar-fogo.