O secretário de Estado das Comunidades da Guiné-Bissau, Idelfrides Fernandes, disse hoje que vai informar-se sobre a situação dos 45 cidadãos do país detidos na cidade espanhola de Melilla, suspeitos de tentativa de imigração ilegal.
O secretário de Estado das Comunidades, tutelado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, disse que ainda hoje vai contactar o embaixador da Guiné-Bissau em Espanha, Paulo Silva, para se inteirar das circunstâncias da detenção dos guineenses em Melilla. Idelfrides Fernandes sublinhou, no entanto, que o Governo da Guiné-Bissau desaconselha a emigração ilegal "em que circunstancia for" por não só desrespeitar as normas internacionais como por colocar em risco a vida das pessoas. "Porquê entrar numa embarcação com mais de 100 pessoas, às vezes a família inteira, para chegar a outra parte do mundo", questionou Fernandes, que hoje reuniu-se com um grupo de emigrantes, que se encontram de férias em Bissau. O secretário de Estado das Comunidades, que também coordena a pasta da Cooperação Internacional, prometeu que o Governo vai inteirar-se da situação dos 45 cidadãos detidos em Melilla e, se for o caso, orientar a embaixada em Lisboa para lhes prestar apoio. Idelfrides Fernandes frisou que por serem cidadãos guineenses não vão ficar sem apoio das autoridades. Na reunião com os emigrantes, solicitada pelos deputados ao Parlamento guineense eleitos pelos círculos da Emigração, o secretário de Estado avisou que doravante "o Governo vai peneirar" quem são os cônsules honorários que representam o país. "Temos que saber quem são esses cônsules. Quem lhes deu autorização para representar o país e o que fazem na realidade", defendeu, afirmando que muitos desses representantes diplomáticos não resolvem os problemas dos emigrantes guineenses. Segundo o governo guineense, os cidadãos residentes fora do país registados nas missões diplomáticas no estrangeiro totalizam 277 mil. Idelfrides Fernandes adiantou que a Guiné-Bissau conta atualmente com 19 embaixadas no estrangeiro. Fonte: Aqui