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Dizem por ai que “fazer amor” é somente um eufemismo pra “transar”. Infelizmente, o uso comum (ou indevido) pode mascarar a distinção importante entre as duas atividades. A verdade é que muitas pessoas confudem uma noite de “sexo bom” com amor e eventualmente descobrem que aquele amante aparente não era a pessoa que eles gostariam de passar a vida juntos.
Mas o propósito aqui não é proclamar a superioridade moral ou prudencial de fazer amor. Na verdade, alguns preferem simplesmente transar. “O sexo alivia a tensão”, disse Woody Allen, “o amor gera tensão”.
É claro que fazer amor (que é diferente de estar apaixonado) necessariamente envolve sexo. No entanto, ter uma relação sexual, mesmo que ela seja incrivel, não quer dizer que você esteja fazendo amor — assim como uma cerveja gelada não é uma taça de vinho. E seria uma infelicidade se alguém pedisse uma taça de Cabernet num grau maior de intimidade, e fosse servido com a última breja na geladeira.
E você está fazendo amor ou apenas sexo?
Leia também:
1) Sexo é satisfação
De acordo com o filósofo Alan Goldman, o desejo sexual é a ânsia por contato com o corpo de outra pessoa, e para tirar proveito do prazer que tal contato proporciona — sexo é uma atividade que tende a satisfazer o desejo de um agente.
De acordo com o filósofo Alan Goldman, o desejo sexual é a ânsia por contato com o corpo de outra pessoa, e para tirar proveito do prazer que tal contato proporciona — sexo é uma atividade que tende a satisfazer o desejo de um agente.
Goldman afirma que a atividade sexual não necessariamente significa qualquer coisa além disso. Por exemplo, a procriação não é o propósito essencial da relação sexual; portanto, você não está fazendo nada errado (não está fazendo uso indevido do seu corpo) quando transa sem pretensão de ficar grávida. Na verdade, segundo Goldman, não há qualquer propósito no sexo além de satisfazer o desejo por contato com o corpo de outra pessoa.
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Como o filósofo Martin Buber diria, a intimidade de fazer amor está no patamar do “Eu-você” em vez do “Eu-objeto”. Mas no fim você deixa de ser um objeto para se tornar “Tu”. Estou ligado a você, e você está ligado a mim. É claro que, como nos lembra Buber, a unidade do “Eu-você” não dura pra sempre, portanto é esperado que em algum ponto eu comece a ver você como objeto. Um bom exemplo é quando tocamos o corpo de outra pessoa no intuito de dar prazer. Trata-se de uma espécie de análise delicada e momentânia, focada deliberadamente sobre o corpo de outra pessoa. Mas instantaneamente cada um se torna “você”novamente com a mistura de corpo e alma. Ao fazer amor, existe uma reciprocidade perfeita entre o “Eu-objeto” e o “Eu-você”.
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Isto gera implicações para os aspectos cognitivos, perceptivos e simbólicos de fazer amor. Quando se tem apenas sexo, percebemos o outro como um objeto de prazer, como descreveu um dia Kant. Em mera atividade sexual, as pessoas podem querer dominar, controlar e até mesmo humilhar o outro a fim de obter prazer sexual. Mas fazer amor é unificar de uma vez por todas que essas cognições são relacionais e tomam posse de indivíduos logicamente diferentes. Fonte: Aqui