Kinshasa, RD Congo – A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) apelou aos Estados-membros e aos seus parceiros para marcar o Dia Mundial da Recordação do Tráfico de Escravos e sua Abolição a celebrar-se a 23 de agosto corrente, revelou a diretora-geral da instituição onusina, Irina Bokova.
Num comunicado da ONU transmitido quinta-feira à PANA, em Kinshasa, Bokova refere que
este dia internacional deve ser recordado por todos, nas escolas, nas universidades, na imprensa, nos museus e nos lugares de memória.
Ao mesmo tempo, disse, o Estados-membros da UNESCO devem redobrar de esforços para que o papel desempenhado pelos escravos no reconhecimento dos direitos humanos universais seja melhor conhecido e cada vez mais ensinado.
Para Bokova, a transmissão desta história é uma condição essencial de qualquer paz duradoura, baseada na compreensão mútua dos povos e na plena consciência dos perigos do racismo e dos preconceitos.
« Esta história ajuda-nos igualmente a realizar o combate contínuo contra as formas modernas de escravatura e de tráfico de seres humanos, de que continuam a sofrer hoje mais de 20 milhões de pessoas no mundo », afirmou a diretora-geral da UNESCO.
Até ao presente, a UNESCO participa ativamente na criação dum Memorial Permanente em homenagem às vítimas do Tráfico Transatlântico de Escravos, que, precisou a responsável onusina, será instalado na sede das Nações Unidas. Além dos sofrimentos, observou Bokova, a história do tráfico de escravos é também a dum combate vitorioso pela liberdade e pelos direitos humanos, simbolizado pela sublevação dos escravos de São Domingo, na noite de 22 a 23 de Agosto de 1791.
“É um legado precioso para viver em paz no nosso mundo globalizado, nas vésperas da Década das Pessoas de Ascendência Africana 2015-2024 », sublinhou Bokova, acrescentando que a comemoração deste dia coincide, este ano, com o 210º aniversário da independência do Haiti e o 20º aniversário do Programa Educativo e Cultural da UNESCO. Fonte: Aqui