quarta-feira, 2 de setembro de 2015

PRS DESCONVOCA REUNIÃO DA COMISSÃO POLÍTICA INICIADA SÁBADO


Florentino Mendes Pereira, está a complicar porque, está preso aos compromissos políticos com Domingos Simões Pereira, por outro lado, teme não fazer parte do executivo de Dr. Baciro Djá, visto que é arguido.
 
Bissau, 02 Set 15 (ANG)- A Direcção Superior do Partido da Renovação Social desconvocou hoje, a reunião da sua Comissão Política que se destinava  analisar a actual crise política, decorrente da demissão do governo liderado por Domingos Simões Pereira.
 
Através de uma nota a que a ANG teve acesso, a direção do PRS “comunica à todos os membros da Comissão Politica Nacional de que fica anulada a reunião que devia prosseguir  hoje, dia dois de Setembro”. 
 
Não foi mencionada nenhum motivo para essa desconvocação, feita depois de vários adiamentos da conclusão da reunião iniciada sábado passado, em Bissau.
 
Dirigentes desta formação politica ouvidos pela ANG, disseram que a reunião serviria “essencialmente” para o partido deliberar  se  vai ou não integrar um futuro governo do novo Primeiro-ministro, Baciro Djá.
 
Segundo um antigo deputado do PRS, contrariamente as declarações oficiais do Secretário-geral do partido, “há sim divergências de posições, sobre o assunto, estando o  Presidente do partido, Alberto Nambeia a defender a integração num novo governo de Baciro Djá, enquanto  o Secretário-geral, Florentino Mendes Pereira “pauta” pelo contrario, em respeito ao acordo firmado com o PAIGC,  partido vencedor das eleições legislativas de 2014.
 
O Presidente da Republica, José Mário Vaz demitiu a 12 de Agosto, o governo liderado pelo Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, mas que integrava o PRS e mais outras formações Politicas,por alegada má governação e quebra de confiança recíproca entre os titulares dois órgãos de soberania.
 
Já no dia vinte, o Presidente “JOMAV” oficializou um Decreto que nomeia o antigo Ministro da Presidência de Conselho de Ministros, Baciro Djá para o cargo do Primeiro-ministro.
 
Acto considerado pelo PAIGC de “incostitucional”, uma vez que, segundo os “libertadores”, cabe a esta formação política, na qualidade de vencedora do último escrutínio, indicar um nome  para a nomeação ao cargo de Primeiro-ministro, através de um decreto presidencial.
Perante esta crise política, não obstante a nomeação do novo Primeiro-ministro, Baciro Djá, o país se encontra há cerca de três semanas sem governo. 
 
O diferendo aguarda agora uma sentença do Supremo Tribunal de Justiça, solicitado a pronunciar sobre a inconstitucionalidade ou não do decreto presidencial que nomeou Baciro Djá.  
 
ANG/QC/SG