quinta-feira, 8 de outubro de 2015

VAMOS RECORDAR: PRS RESPONDE O PRESIDENTE DO PAIGC

PRS RESPONDE AO JILÓ(DSP) DO PAIGC.
 
TEXTO ORIGINAL
 
Depois da entrevista, ontem, do Presidente do PAIGC ficamos perplexos pela gravidade das declarações proferidas.

Dentro do quadro de boa convivência democrática e das boas relações que norteiam o entendimento entre o PRS e o PAIGC, não gostaríamos de responder, porém, e dada a gravidade, repito, das declarações optamos por repor a verdade dos factos.

Quando o Presidente do PAIGC, diz que, no decorrer das negociações que conduziriam à integração do PRS no governo a formar, atribuiu 8 pastas ministeriais, com a possibilidade de escolha das mesmas e liberdade de indicação das personalidades, e ainda teve o desplante, de afirmar que despenaliza dirigentes do PRS, queremos apenas esclarecer o seguinte:
Afinal, quem é o Presidente do PAIGC para penalizar ou despenalizar dirigentes do PRS? Trata-se, sim, de uma flagrante tentativa de violação da soberania do PRS.

Durante a ronda negocial, que apenas teve duas sessões, nos dias 25 e 27 do mês passado, não conseguimos alcançar um acordo, porque ao contrário das exigências do PAIGC de apoio integral a nível da governação e do parlamento, o PAIGC apenas se disponibiliza a atribuir sete (7) pastas, e não oito (8) conforme afirmou o Presidente do PAIGC, com a agravante de se terem recusado revelar que pastas seriam atribuídas ao PRS.

Sobre a liberdade de escolha, o PAIGC sempre se mostrou intransigente, e nem permitiu ao PRS indigitar os seus quadros para o governo, insistindo que caberá ao Primeiro-ministro essa prerrogativa, contrariamente às afirmações ontem proferidas pelo Presidente do PAIGC.

A insistência do PRS logrou frutos apenas depois da medida formal da nossa Comissão Política em recusar integrar o Governo do PAIGC, quando depois de uma reunião na residência do Primeiro-ministro nos foi disponibilizado um documento onde constava a orgânica do atual governo, e onde tivemos a oportunidade de verificar um grande esforço no esvaziamento de competências nas pastas que outrora foram atribuídas ao PRS.

Perante estes propósitos, e com o peso de segunda maior força política, e com as responsabilidades inerentes, não podíamos, de modo nenhum aceitar, de modo passivo, esta tentativa de vexame por parte de quem, num ano de exercício de governo comum, com toda a disponibilidade manifestada pelo PRS em votar com o maior número de deputados todos os diplomas submetidos à ANP, no mínimo, se esperaria apenas um obrigado.

Mas a convivência democrática assim o exige, e a nossa postura serena não se modificará, e enganem-se aqueles que pensam que o PRS não saberá estar à altura da cultura de diálogo e de responsabilidades que o momento exige.

Não defraudaremos o povo guineense e continuaremos a lutar pelas melhores soluções que se exige numa verdadeira convivência democrática.